A operação Manus, deflagrada nesta terça-feira, desvendou um mistério que se arrastava desde março deste ano. Na ocasião, investigações revelaram que ele recebeu numa conta na Suíça mais de R$ 2 milhões. Alves disse à época que não tinha ideia de como o dinheiro foi parar na conta. Os investigadores descobriram agora que o dinheiro tinha outro destinatário: o deputado cassado Eduardo Cunha, seu colega no PMDB. Alves emprestou a conta para que Cunha pudesse receber a propina proveniente de contratos em obras públicas.
Os dois foram presos hoje pela PF. A operação foi deflagrada pela PF, em parceria com a Receita Federal e o Ministério Público Federal. Além de serem do mesmo partido, Henrique e Cunha têm em comum o fato de serem ex-presidentes da Câmara, segundo O Estado de São Paulo.
Ainda em março, Alves admitiu à Justiça Federal em Brasília no âmbito da Operação Lava Jato que abriu uma conta bancária na Suíça, mas afirmou que não tinha conhecimento da movimentação de US$ 832,9 mil (ou R$ 2,3 milhões). A defesa de Alves alegou que ele usou um escritório de advocacia no Uruguai para abrir a conta bancária em 2008.
Na Lava Jato, ele é acusado pela Procuradoria da República por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-ministro é suspeito de ter recebido propinas da empreiteira Carioca Engenharia nas obras do porto Maravilha, no Rio.