INFIEL: Rodrigo Aladim é o retrato exato do oportunismo na política

A Bíblia diz, em Mateus Capítulo 6, Versículo 24 que: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou será leal a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mâmon.”

Servir a dois senhores, segundo a bíblia, nada é senão um grave sintoma de falta de caráter e honradez. É como o torcedor vascaíno que decide mudar e torcer para o flamengo quando este está mais próximo de ser campeão; É raro, mas existe. Nunca duvide do poder de sem-vergonhice do ser humano.

Diferentemente das torcidas no futebol, na política esse comportamento não é, nem um pouco, raro; Mudanças de time, traições e a variação de discursos é, para muitos políticos, parte do jogo. Como verdadeiras “metamorfoses ambulantes” os políticos estão por aí, se esgueirando entre brechas, becos e buracos, escorregando de mão em mão como um sabonete encardido até chegarem onde realmente desejam.

Mas por que isso acontece?

Há um motivo simples e evidente para isto: O DINHEIRO E O PODER ENVOLVIDO NA POLÍTICA.

Com Rodrigo Aladim, personagem principal desta matéria e que é um exímio representante da velha política oportunista e gananciosa – que está sendo varrida Brasil à fora nestas eleições – não poderia ser diferente, senão, vejamos:

Rodrigo iniciou sua curta trajetória política em Macau de forma inferior, estando sempre nos “cóis” do ex-prefeito Flávio Veras, foi secretário e ocupou durante certo tempo a presidência da macauprev. Com expressão ainda nula na política (só participava administrativamente dos governos) sempre cobiçou um cargo eletivo, mas por motivos desconhecidos, nunca foi agraciado nem escolhido para isto.

Em 2016, foi alçado ao cargo de vice-prefeito pelo atual Prefeito de Macau Tulio Lemos e começava ali sua jornada política, ironicamente, pelas mãos e ajuda de um “outsider” – indivíduo que nunca participou de seu grupo – que sempre expressou oposição ao seu antigo grupo.

Em 2017, Rodrigo teve então, significativo espaço na gestão desde o início, mas estranhamente (ou não) no primeiro momento de crise, dificuldade e na minúscula possibilidade de se concretizar uma “revolução” contra seu ex-aliado Tulio Lemos, Rodrigo não contou conversa e correu para os braços da oposição. O “golpe” falhou. O sonho de ser Prefeito no tapetão aos poucos foi se dissipando e seus “amigos” foram cada um pro seu lado.

Em 2018, Rodrigo inicia a campanha eleitoral com eventos e carreatas pelas ruas de Macau, onde puxava pelo braço e dizia ser “o melhor para nossa cidade” o candidato Carlos Eduardo Alves, aplaudiu quando este disse que “iria resgatar o carnaval de Macau” mesmo sabendo que o carnaval já havia sido resgatado pelo seu ex-aliado e atual Prefeito. Discursou ao lado de Carlos Eduardo e disse quase em tom de profecia religiosa que “Carlos Eduardo é quem iria mudar a vida dos norte rio-grandenses e dos macauenses” e que “não tinha dúvidas que ele era o melhor para cuidar do nosso sofrido RN”

No mesmo 2018, hoje, Rodrigo, descaracterizado e pela sombra, escorregou até Natal, tirou foto, abraçou e disse estar ao lado de Fátima Bezerra para o Governo do Estado, concorrente direta do seu “ex-salvador” do estado e melhor candidato Carlos Eduardo.

FATO INTERESSANTE: É fato que mudanças de lado e posicionamentos do primeiro pro segundo turno são naturais quando seu candidato não avança na disputa, o que não é o caso. Veja bem: O candidato arrastado pelas ruas de Macau, aplaudido e exaltado quase como uma divindade por Rodrigo Aladim ESTÁ NO SEGUNDO TURNO; continua na disputa mesmo com poucas chances de vitória.

O QUE MUDOU?

Apenas a máscara. Rodrigo esperava um melhor desempenho de Carlos Eduardo. O que não foi o caso. Hoje na iminência da subida ao poder da candidata do PT, Rodrigo (do PSDB) gruda nela (do PT) na esperança de conseguir um pedacinho, uma sobra da sombra do poder público. Deixando claro que pra ele, vale tudo pelo poder, até perder (ou vender) a vergonha.

DÚVIDA: Qual será a máscara que Aladim usará no próximo ano de 2019 ?
A que estiver ganhando, deduz o leitor.

DETALHE: o termo “ex” foi usado dezenas de vezes nesta matéria, detalhando assim a maior qualidade do sujeito: ser ex.

Ex- amigo, ex-aliado, ex-isso, ex-aquilo. Ou seja: Rodrigo hoje é algo, amanhã é outro. A certeza é uma só, ele estará sempre ao lado dos poderosos dizendo estar ao lado do povo.

O fato é: Se colocado num teste de fidelidade de um programa de TV, Aladim seria aquele cara que participa do quadro, faz tudo que pode e que não pode, ao vivo, e no final vem pedir desculpas a esposa com um buquê de flores dizendo que “mudou”. E mudou mesmo !

Oportunista, mascarado ou flexível, chame como quiser, só não chame de fiel.

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