O criminalista Rodrigo Castor de Mattos, irmão do procurador Diogo Castor de Mattos, integrante da força-tarefa da Lava Jato, atua na defesa do marqueteiro João Santana. No último dia 17, por exemplo, o advogado enviou procuração ao juiz Sergio Moro pedindo sua inclusão como representante legal do publicitário em uma ação penal. O novo caso se soma a uma série de polêmicas sobre a atuação de parentes de procuradores e magistrados em ações vinculadas à operação.
Procurada, a assessoria do Ministério Público Federal em Curitiba afirmou que o procurador Diogo Castor de Mattos não atuou e nem atua em nenhum dos casos ou processos da Lava Jato que envolvem o publicitário João Santana. As informações são da coluna Painel da Folha de São Paulo.
Além disso, diz a assessoria do MPF, a delação de João Santana foi fechada com a Procuradoria “em 8 de março de 2017, antes do escritório Delivar de Mattos e Castor Advogados assumir a defesa do empresário, em 17 de abril”.
A polêmica sobre a participação de parentes de agentes do MPF e do Judiciário em ações da Lava Jato foi iniciada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao pedir, nesta semana, o impedimento do ministro Gilmar Mendes (STF) em casos ligados a Eike Batista.