O deputado estadual José Dias (PSDB) analisou o debate entre os candidatos a prefeito de Natal na TV Band “e o que viu, na realidade, foi um show de prepotência” da deputada federal Natália Bonavides (PT) contra o deputado federal Paulinho Freire (União): “Lamentavelmente essa prepotência não foi só verbal. A própria moderadora teve que ir para os dois candidatos para poder afastar a candidata mulher que estava avançando não só verbalmente, mas fisicamente para o candidato que era o contrário a ela”.
Mas, segundo o deputado José Dias, houve um episódio, no debate, que ele achou “mais característico e a gente não pode esquecer”, foi quando o candidato Paulinho Freire fez uma proposta para que o derrotado no segundo turno, que continuaria deputado, “apresentasse já no orçamento proposto esse ano, uma verba de R$ 20 milhões para Natal. Ela não topou, porque diz que não apresentava emenda para beneficiar o adversário”.
Dias criticou a deputada, dizendo que “a emenda não vai para o adversário, mas vai para o Rio Grande do Norte, e no caso especificamente para Natal. E não topou. Eu acho, evidentemente, que ela, que se julgou no debate, a sabedoria infusa, pessoa mais inteligente e preparada do mundo, como a Margaret Thatcher, uma estadista, já reconheceu que vai perder a eleição”.
José Dias afirmou, no plenário da Assembleia Legislativa, que não faz aposta até por questão de temperamento, “mas se fosse fazer a posta, tivesse certeza que ia ganhar, ia na vantagem, rápido. Ela não teve coragem”.
Na opinião de Dias, na linguagem do comportamento e de quem sabe estudar nas entrelinhas, “foi o reconhecimento absoluto de que ela está derrotada. Ela quis apenas e quer criar um ambiente propício eleitoralmente para ser candidata a deputado federal novamente, isso é o que consegui ler o que ela quis dizer”.
Com relação à postura da candidata petista no debate, José Dias disse que foi “um exemplo vergonhoso de como se trata o respeito. Não ao candidato, mas ao público e nós principalmente de eleitores”, mas entendeu que o debate, ocorrido na noite de segunda-feira (14), “serviu para caracterizar algumas coisas, primeiro é o caráter indiscutível, escorpião do PT. A candidata jogou todas as culpas do mundo nos prefeitos anteriores. Entre eles o ex-prefeito, Carlos Eduardo, que foi correligionário da Governadora, foi candidato a senador dela”.
Agora, avaliou Dias, “quando se tratou de conflito de interesse, joga o homem na profundidade dos infernos. Sem piedade, foi um fato que me escandalizou como é que se faz uma barbaridade dessa, uma maldade, uma perversidade com uma pessoa que há poucos anos atrás milita politicamente com eles”.
Dias disse que a candidata petista também quis atingir o prefeito Álvaro Dias (Republicanos): “É uma pena que o debate não fosse com o prefeito para ele mostrar aquilo que foi feito e mostrar que ela só apresentou as emendas que ela apresentou para Natal nos primeiros anos, pois é deputada já com dois mandatos, foi insignificante. Quase que de deputada estadual. Agora, 2024, candidata, aí sim, vamos encher a caneta de tinta. Isso é o retrato do PT”.
Por fim, o deputado José Dias justificou porque apoia a candidatura a prefeito de Paulinho Freire: “Não faço julgamento pessoal, não entro no campo pessoal, na vida das pessoas, realmente debato o caráter público, político, porque ela está se candidatando para tomar conta do nosso dinheiro. Eu não entregaria o meu dinheiro para ela tomar conta, e não vou dizer que é por desonestidade, não, acho que é por incompetência para tomar conta do nosso dinheiro. Ela sabe realmente, talvez, ganhar um debate, porque o PT é sábio, proprietário da falácia, ou como o povo diz realmente, da mentira, então essa é que é a realidade”.
José Dias reagiu contra os que classificam de misógino o seu posicionamento político no parlamento estadual. “Alguma coisa que pudessem reclamar, seriam dois pontos fundamentais, primeiro é que tentaram assissinar a lógica, a razoabilidade, dos próprios recursos da nossa língua”, disse o deputado, que continuou: “Eu falei no contexto eleitoral, isso foi bem claro e bem explícito, quando falei numa cacetada, foi numa cacetada de votos, que acho que vai ser gigantesca, que na democracia é o que devemos fazer”.
“Cacetada no sentido de pancada na cabeça, isso não é o que estou pensando”, acrescentou Dias, ironizando o fato de que nas redes sociais, “os radicais e odientos da esquerda do PT digam que vão dar uma cacetada em mim, no velho”. “Acho que não vão dar, claro, isso já é um exagero deles, mas isso é o que literalmente dizem até porque não sou mais candidato. Cacetada de voto não vão me dar, essa é uma reclamação”, declarou o parlamentar tucano.
A segunda reclamação, ironiza Dias, “é a que sinto mais, é que esse povo devia ter me ameaçado na eleição passada pra eu ter mais votos. Se tivessem saído com essa fúria e ódio contra mim, querendo me caracterizar como misógino e radical, eu que não tenho nenhum inimigo, mas não fizeram, porque ia ter votos. Fizeram agora que não sou mais candidato, isso é muito errado, deviam ter feito antes”. O deputado José Dias disse, ainda, que “não sabe se por ignorância ou analfabetismo, porque a pessoa tem que ter noção de um contexto, saber que temos na Língua Portuguesa as chamadas figuras de linguagem, em que se usa a palavra para ressaltar, na retórica, o entendimento que quer se dar”.
Por exemplo, afirmou o deputado, “a cacetada de votos, uma chuva de votos em cima do nosso candidato e a outra sofre totalmente uma cacetada de votos”. José Dias disse que na sessão passada, também falou que a candidata à prefeita do PT e a governadora do Estado “eram câncer na política e concordo que são”.
Mas, ponderou Dias, “não significa que é um câncer no corpo humano, até porque as pessoas que realmente se rebelaram deveriam ter o mínimo de inteligência, para compreenderem que não falei qualquer palavra de caráter pessoal e privativo”.
Dias expôs que falou sobre ambiente político, “em que somos iguais, homens e mulheres, machos e fêmeas, que é o que na Biologia existe, nós somos iguais. O cargo público não é um prêmio pra ninguém, é um serviço, nós somos procuradores e para que possamos representar as pessoas, é necessário que as pessoas escolham e devem nos escolher por capacidade pra servir”.
Finalmente, o deputado arguiu: “Vamos admitir que ainda há, historicamente, uma preponderância do sexo masculino em várias atividades humanas e que estão se reduzidas muito bem. Agora esse feminismo vitimista já passou, isso é uma moda caduca, isso é só caduquice mesmo, nos países civilizados já não estão fazendo essa propaganda enganosa”. E encerrou: “Ai vêm pra cima de mim, eu poderia fazer vitimismo do velho, estou é satisfeito por ser velho, graças a Deus, 85 anos, achando a vida boa, na última eleição apoiei mais mulher do que qualquer um da Casa”.