Justiça determina e Casa Branca devolverá credencial de jornalista da CNN

Jim Acosta e Donald Trump

Casa Branca informou nesta sexta-feira, 16, que devolverá temporiariamente a credencial do jornal Jim Acosta, correspondente da TV CNN.

A medida foi anunciada pouco depois que um juiz federal do Distrito de Colúmbia concedeu  uma liminar que obriga o governo do presidente Donald Trump a devolver imediatamente a credencial do correspondente. A credencial foi suspensa na semana passada depois de o jornalista contestar Trump numa entrevista coletiva.

O juiz Timothy Kelly, indicado ao cargo pelo próprio Trump, acatou um pedido da CNN, que nesta semana entrou com um processo contra Trump e outros cinco membros do governo. Na decisão, o magistrado afirmou que Acosta sofreu “dano irreparável” com a suspensão e seu direito ao devido processo na cassação da credencial não foi respeitado. Novos documentos devem ser entregues ao magistrado sobre o caso na segunda-feira. 

Acosta era frequentemente criticado por Trump e pela porta-voz Sarah Sanders por suas perguntas consideradas “duras” em entrevistas. O presidente critica a CNN desde que assumiu o cargo e a acusa, sem provas, de difundir notícias falsas.

“Estamos gratos com o resultado e esperamos uma resolução completa nos próximos dias”, disse a CNN em nota. “Agradecemos a todos que apoiaram não apenas a CNN, mas a imprensa livre e independente nos Estados Unidos.”

O processo é considerado uma escalada no ambiente de tensão entre Trump e os veículos de comunicação nos EUA, que inclui discursos do presidente contra o que considera “notícias falsas” quando está em desacordo com o que foi publicado e críticas a jornalistas.

À Justiça, a CNN argumentou que a decisão de suspender a credencial de Acosta viola a1.ª Emenda à Constituição americana, que assegura a liberdade de imprensa. A rede de TV argumentou ainda que os funcionários do gabinete de Trump e o presidente violaram também a 5.ª Emenda, que assegura o devido processo legal – por retirarem a credencial sem aviso prévio./AP

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