Kassab diz esperar decisão de Meirelles sobre candidatura

Gilberto Kassab

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou nesse sábado (18) que seu partido, o PSD, aguarda para o momento certo a decisão do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também da mesma sigla, sobre sua candidatura à Presidência da República nas eleições do ano que vem.

“O Henrique Meirelles tem dito que não é candidato, mas é um presidenciável, uma pessoa muito bem preparada, ficaremos muito contentes se ele for o candidato”, afirmou, ao sair de um encontro com o presidente Michel Temer em sua residência em São Paulo no qual acompanhava o ex-senador Jorge Bornhausen (PSD-SC).

Segundo ele, o ministro da Fazenda tem dito que irá refletir muito e, no momento certo, vai anunciar sua decisão. Indagado sobre se o encontro com Temer versou a respeito das eleições de 2018, Kassab sorriu e respondeu: “Quando três políticos se encontram fala-se sobre tudo.”

Sobre suas atividades no governo Temer, Kassab afirmou que está bastante concentrado na gestão de sua pasta. No entanto, nos bastidores, parlamentares do PSD defendem que o ex-prefeito de São Paulo volte a chefiar o Ministério das Cidades para ocupar a vaga deixada por Bruno Araújo (PSDB-PE), que pediu demissão no início da semana passada.

Já o presidente Michel Temer, após a reunião, voltou para Brasília e se reuniu no Palácio da Alvorada com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

De acordo com nota oficial, o objetivo do encontro foi discutir a tramitação da reforma da Previdência e a pauta da Câmara nesta semana.

Na tarde deste domingo (19), Temer deverá receber ministros e parlamentares aliados. A pauta do encontro deverá se concentrar nas estratégias para reorganizar a base governista na Câmara, a fim de se obter os votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência.

Por se tratar de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), são necessários para a aprovação os votos de pelo menos 308 dos 513 deputados.

Uma das estratégias para alcançar esse objetivo é uma reforma ministerial que acomode representantes do centrão (bloco de deputados parlamentares de partidos conservadores) no lugar de ministros do PSDB, cuja bancada tem votado dividida nas questões de interesse do governo.

Enviada no ano passado ao Congresso, a reforma ainda patina na Câmara dos Deputados.

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