Líderes comentam gestões municipal, estadual e federal no plenário

No horário destinado às lideranças, na sessão ordinária que aconteceu nesta quinta-feira (04), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, pronunciaram-se os deputados Sandro Pimentel (PSOL), Francisco do PT e Isolda Dantas (PT). O conteúdo dos pronunciamentos girou em torno dos posicionamentos e ações dos gestores municipal, estadual e federal.

O deputado estadual Sandro Pimentel primeiramente mencionou a preocupação dele com os atos de violência praticados ultimamente contra agentes políticos no Brasil. “Quero me referir aos casos que aconteceram recentemente com parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em São Paulo”. Ele lembrou que a casa da co-vereadora do PSOL na capital paulista, Carolina Iara, foi alvo de tiros. “Ela acabou de assumir e recebeu esse recado”, disse.

O parlamentar também mencionou ataques sofridos por Erika Hilton e Samara Sosthenes. “São violências brutais que não podemos aceitar. Onde iremos parar com isso? Não lembro se na época dos governos passados isso acontecia, mas agora esse ódio a quem pensa diferente ficou muito exacerbado. É necessário que essas pessoas sejam rapidamente localizadas e tenham a punição legal merecida”, falou Sandro Pimentel.

O deputado também aproveitou o tempo disponível para comentar a escolha feita pelo Prefeito de Natal, de regulamentar por Decreto o uso comercial de área não edificante em Ponta Negra. “Essa é uma discussão que precisa ser feita com a participação da sociedade. O Prefeito sugere que a área seja regulamentada de forma provisória, enquanto não há novo Plano Diretor, mas ele não tem competência para isso. Se o Plano está atrasado a culpa é dos próprios gestores que não fizeram acontecer uma legislação”, alertou.

A deputada Isolda Dantas, por sua vez, parabenizou o parlamentar Francisco do PT pela nova incumbência como líder do Governo e agradeceu a George Soares (PL) por ter contribuído nos últimos dois anos na tarefa. Além disso, agradeceu pela confiança de ser líder do Partido dos Trabalhadores (PT). “Isso me honra porque cada vez mais a democracia necessita de partidos fortes”.

Na sequência, ela comentou sobre o pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na mensagem anual ao Congresso Nacional. “Quero lamentar primeiro a postura dele de ficar trocando farpas, completamente fora da liturgia do cargo. Sem falar do tratamento que deu à imprensa brasileira com palavras chulas”, falou.

Sobre o conteúdo da mensagem, ela citou a brevidade do discurso, que, segundo a parlamentar, foi incompatível com a necessidade de prestar contas dos anos passados e falar dos planos futuros. Também julgou dissimulado o discurso, pelo fato de o presidente fazer de conta que não agiu contra a ciência e com desrespeito ao povo brasileiro. “Ele não se comportou à altura que a situação necessitava. Ele sequer fez referência a ações negativas que ele fez. Parecia que estava tudo a mil maravilhas e que não perdemos tantas pessoas para a doença. Nós podíamos já estar produzindo vacina há muito tempo, mas temos um presidente que não merece estar no cargo que está”.

Já Francisco do PT se posicionou discordando do pronunciamento do deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) sobre a mensagem da Governadora. “Cabe a cada parlamentar fazer a sua avaliação, mas eu não tenho nenhuma dúvida de que o RN está melhor”. Ele mencionou os salários atrasados, informando que a Governadora tem o intuito de pagar, mas que, para isso, necessita das condições financeiras. E informou que a gestora estadual tem a intenção de negociar com as entidades representativas sobre as atualizações monetárias dos salários atrasados.

Francisco do PT também falou das ações da Governadora na área da saúde, que, de acordo com ele, vem avançando. “Há problemas, mas a realidade é que hoje nós temos uma situação melhor do que foi herdada pelo governo. Na segurança pública, ele mencionou a iniciativa dos concursos públicos para aumento do efetivo. “É inegável que o RN de hoje está melhor do que o RN de dois anos atrás, em qualquer área. É só comparar os dados, os números. Mas ainda não dá para fazer tudo”, falou.

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