Maia diz que trabalha para votar previdência em 20 de fevereiro

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 “Estamos trabalhando para colocar o projeto de reforma da Previdência em votação no prazo estabelecido, nos dias 19 e 20 de fevereiro”, afirmou na noite desta quinta-feira em Goiânia o presidente em exercício, Rodrigo Maia. Segundo ele, o governo trabalha na articulação de sua base no Congresso para assegurar 320 “votos firmes”, o que seria mais do que suficiente para aprovação da reforma. “O ideal é no dia 20 termos os votos necessários para aprovar a reforma”, reforçou ele.

Segundo Maia, “essa reforma é a reforma da igualdade, onde o trabalhador que ganha um salário mínimo vai ter o mesmo sistema previdenciário daquele que ganha R$ 30 mil no serviço público e daquele que recebe salário equivalente ao teto de contribuição no setor privado”. O presidente em exercício insistiu que o projeto deverá desenhar um sistema igualitário. “Hoje, isso não é assim. Aquele que ganha mais se aposenta muito cedo, aos 50 anos, e o que ganha menos está sujeito a um sistema que lhe permite aposentar somente aos 65 anos.”

Na sua visão, a rejeição popular à reforma da Previdência estaria em queda, citando que, hoje, 30% da sociedade já seriam a favor da mudança. “Quando se fala em reformar a Previdência do setor público, a aprovação sobe para 70% e, quando se propõe a igualdade para todos, esse índice sobe para 90%.” Maia acredita que o desafio atual não se trata mais de convencer a sociedade, mas de “mostrar ao deputado e à deputada que há espaço para aprovação de um novo sistema onde se garanta a igualdade”. 

A partir da próxima semana, Maia antecipou que iniciará um trabalho de articulação com os líderes na Câmara, num esforço conjunto com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que trabalha na reorganização da base governamental na casa, para cumprir o calendário anunciado. “Deveríamos focar nosso trabalho agora na igualdade. A sociedade espera do sistema previdenciário que todos se aposentem com a mesma idade e que todos tenham os mesmos direitos”, insistiu Maia.

Ele disse ainda que não é momento de discutir candidatura à Presidência nas eleições de outubro próximo. O momento, citou Maia, é de trabalhar a pauta da Câmara, que inclui temas relevantes, como a segurança pública, incluindo uma nova legislação que permita maior efetividade no combate ao tráfico de drogas e de armas, assim como de uma legislação para o sistema carcerário. “O sistema deixou de ser uma ‘escola’ do crime, passou a ser o QG do crime”, afirmou, ao defender a criação de uma nova estrutura para o setor, envolvendo o governo federal e os governos estaduais nesse projeto.

Ainda na área da segurança, a pauta da Câmara incluirá mudanças na lei de desarmamento. “Vamos tratar a lei do desarmamento com responsabilidade, não liberando tudo, mas organizando de forma que a Polícia Federal, respeitando todas as formalidades, possa dar o direito à posse de armas ao cidadão”.

Maia esteve em Goiânia para a posse da nova diretoria do Sindicato dos Corretores e das Empresas Corretoras de Seguros, de Capitalização, de Previdência Privada e de Resseguros no Estado de Goiás (Sincor-GO).

(Lauro Veiga | Valor)

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