Em um último esforço para tentar votos para aprovar a reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), articula com governadores a criação de um fundo de compensação previdenciária para o rombo dos Estados.
Maia reuniu-se nesta segunda-feira (5) com dez governadores (MG, RJ, TO, AL, DF, AC, GO, SC, RS e PI), além de um representante de Sergipe.
O presidente Rodrigo pediu que nos esforcemos no sentido de fazer uma agenda mínima que possa unificar Estados e o Congresso Nacional em relação a questões previdenciárias, que são urgentes, disse o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), um dos participantes da reunião.
Segundo o governador, a ideia é criar um fundo de compensação previdenciária em um pacote que tratará também da securitização das dívidas ativas dos Estados. A proposta seria votada até março. As informações são de Daniel Carvalho – Folha de São Paulo
Ainda não está definido de onde viriam os recursos para este fundo.
Perillo disse não ter havido um pedido formal de apoio à reforma da Previdência em troca da criação do fundo, mas deixou clara a relação entre os dois temas.
Não dá para aprovar aquilo que atenda só os governadores se a gente não resolve um problema que atenda o país, disse Perillo.
Segundo o governador José Ivo Sartori (PMDB-RS), secretários da Fazenda vão se encontrar na quinta-feira (15) após o Carnaval para uma discussão preliminar.
No dia 19, data em que está prevista a votação da reforma da Previdência na Câmara, os governadores voltarão a se encontrar com Maia.
A reunião, segundo Sartori, é para ver a viabilidade de constituir um fundo de ativos que possa suportar o futuro da Previdência dos Estados.
Eles têm interesse em resolver alguns temas. Sabem que a questão previdenciária está fora de controle para eles e para a União, disse Rodrigo Maia.
Desde a semana passada, Maia admite que o governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma previdenciária.
Ele disse à Folha que não colocará a proposta em votação sem ter certeza de vitória. Ele também afirmou que, se não votar o texto em fevereiro, não votará mais neste ano.