Maia viaja e evita assumir Presidência durante ausência de Temer

A segunda secretária da Câmara, deputada Mariana Carvalho, na presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, faz a leitura da denúncia feita pela PGR contra o presidente Michel Temer

Primeiro nome da linha sucessória do país, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deve ir à Argentina em missão oficial no fim desta semana e evitará substituir Michel Temer no Palácio do Planalto durante a viagem do presidente à Alemanha para o encontro do G20.

Esta seria a primeira vez que Maia assumiria o comando do Palácio do Planalto desde que a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou uma denúncia contra Temer por corrupção passiva, a partir de delações de executivos da JBS.

Citado entre parlamentares e líderes como possível sucessor de Temer em caso de queda, Maia tem adotado uma postura de cautela diante da crise política.

Ele engavetou, por exemplo, 24 pedidos de impeachment contra Temer e tem evitado se expor em articulações sobre a votação da denúncia de corrupção contra o presidente. As informações são da Folha de São Paulo.

Com a ausência de Maia, o Palácio do Planalto deve ser ocupado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também aliado de Temer.

Segundo a Folha apurou, Maia deve embarcar para Buenos Aires na quinta-feira (6) e retornar ao Brasil no sábado (8), mesmas datas da viagem de Temer a Hamburgo para o encontro dos chefes de governo das 20 maiores economias do mundo.

Apesar dos gestos de Maia, aliados de Temer ainda o observam com desconfiança, uma vez que ele seria o principal beneficiário de uma possível autorização da Câmara ao prosseguimento da denúncia da PGR.

Nesse caso, o presidente seria afastado do cargo por até 180 dias para ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, e Maia assumiria interinamente o comando do Palácio do Planalto. Ele também é apontado como favorito em uma eleição indireta que seria convocada em caso de condenação de Temer.

Inicialmente, o presidente havia decidido não participar da reunião do G20. Nesta segunda-feira (3), no entanto, ele recuou.

Segundo a Folha apurou, a mudança deveu-se ao esforço do presidente de demonstrar que seu governo não está paralisado em decorrência da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Caso não participasse da reunião, o peemedebista seria o primeiro presidente brasileiro a não viajar ao G20 desde 2010.

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