Meirelles diz não ter conversado com Joesley Batista sobre interesses da JBS

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles - Jantar com os participantes do Fórum de Investimentos Brasil 2017 (FIB 2017)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (7) não ter tido conversa com Joesley Batista, um dos donos da J&F, sobre pontos de interesse do empresário ao ser questionado sobre o assunto em Paris.

A Polícia Federal enviou 82 perguntas ao presidente Michel Temer no âmbito da investigação em que é acusado de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa, após delação de executivos do grupo JBS. Em uma delas, Temer é questionado se autorizou que Joesley Batista apresentasse pontos de interesse ao ministro Henrique Meirelles, quais seriam, e se tinha conhecimento se isso realmente tinha ocorrido.

“Do meu ponto de vista eu fiquei sabendo disso pelos jornais”, afirmou Meirelles após reuniões na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), demonstrando impaciência com a pergunta. As informações são da Agência Reuters.

Após ser perguntado em coletiva de imprensa se isso significava que a conversa não aconteceu, o ministro acrescentou: “essa conversa, que ele se referiu ao presidente se poderia ter no futuro, não”.

Falando a jornalistas, Meirelles comemorou a aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na véspera a despeito do momento conturbado na cena política.

“A reforma trabalhista não parou no Congresso por discussões políticas, essa que é a principal mensagem. Além da atividade econômica. O que estou dizendo é que estou focado na questão de como o Brasil prossegue crescendo de um lado e também com sua agenda de reformas”, disse.

O ministro também se esquivou de responder qual seria a melhor solução para o país numa eventual saída de Temer da Presidência quando perguntado sobre a possibilidade de eleições diretas.

“A minha abordagem no momento é exatamente ficar fora dessa discussão e me concentrar na administração da economia brasileira”, afirmou.

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