Não é segredo para ninguém quem os economistas e os analistas de instituições financeiras – o chamado “mercado” – preferem ver na disputa presidencial do ano que vem: o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e os tucanos Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e João Doria, prefeito da capital paulista.
Mais recentemente, porém, um elemento estranho foi anexado à lista: o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
O capitão da reserva passou a angariar apoio após desbancar os preferidos do mercado nas pesquisas eleitorais e despontar como rival do ex-presidente Lula no segundo turno. O próprio Bolsonaro se deu conta do trunfo.
Enquanto Lula seguiu pelo interior do Brasil, Bolsonaro chegou a se reunir com investidores em Nova York, apoiado pelo banqueiro Gerald Brant, da firma de investimentos Stonehaven.
O seu novo combo econômico fala de Estado mínimo, eficiente e livre da corrupção; prega a redução do juro para 2%; e até aceita privatizações.
Em 1999, em entrevista ao apresentador Jô Soares, defendeu o fuzilamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por privatizar a Vale e a Telebrás. Agora, como pré-candidato à Presidência em 2018, até aceita avaliar modelos alternativos de privatização da Petrobras.