Ministra de Tóquio-2020 vê possibilidade de adiamento da Olimpíada

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A ministra da Olimpíada de Tóquio-2020, Seiko Hashimoto, afirmou ao parlamento japonês que existe a possibilidade de que os Jogos sejam adiados para o fim do ano em razão do surto de coronavírus.

De acordo com Hashimoto, o contrato dos organizadores com o Comitê Olímpico Internacional (COI) possibilita o adiamento, mas determina que o evento ocorra ainda em 2020.

“Estamos fazendo tudo o que podemos para assegurar que os Jogos sigam como planejado”, disse a ministra. Por enquanto, essa possibilidade não está sendo discutida, ao menos não de forma oficial, pelas partes.

A dúvida sobre a realização ou não dos Jogos Olímpicos paira há semanas e será o principal ponto de uma reunião do COI nesta terça (3) e na quarta-feira (4) em Lausanne, na Suíça.

O presidente da entidade, Thomas Bach, estava otimista na sexta-feira (28), dizendo que o COI está completamente determinado a celebrar com sucesso os Jogos de Tóquio a partir de 24 de julho e até 9 de agosto.

“A prioridade no momento é assegurar que os processos de classificação [para os Jogos] sejam desenvolvidos, garantindo a proteção da saúde dos atletas”, acrescentou.

Outro membro eminente do COI, o canadense Dick Pound, indicou horas antes à AFP que sua instituição não considera adiar ou cancelar os Jogos.

Sem apresentar um calendário preciso, o ex-nadador de 77 anos e integrante mais velho do COI acrescentou que “a qualquer momento, seja dois meses ou um mês, alguém terá que dizer ‘sim’ ou ‘não'” sobre a disputa.

Atletas e federações nacionais e internacionais estão preocupados. Várias provas classificatórias para os Jogos programadas para ocorrerem na China, onde surgiu a epidemia, foram adiadas ou realocados, assim como na Coreia do Sul.

Outros eventos deveriam ser realizados no Japão antes dos Jogos e já estão ameaçados, como os eventos-teste de natação, polo aquático e saltos ornamentais, organizados pela Federação Internacional de Natação (Fina).

As provas de ginástica artística e rítmica, organizadas em conjunto com a Federação Internacional de Ginástica (FIG), estão agendadas de 4 a 6 de abril e podem ser realizadas com portões fechados.

“Muitas federações estão confusas”, disse o chefe de uma federação internacional que prefere permanecer anônimo. “Recebemos informações do COI em relação à saúde, mas não sobre o aspecto esportivo”, no momento em que vários torneios pré-olímpicos ainda precisam ser disputados.

Diante das crescentes preocupações, cada declaração de Bach na terça e na quarta-feira será amplamente analisada.

O coronavírus também será o tema central da videoconferência de quarta-feira realizada pelo comitê organizador dos Jogos de Tóquio e pelo presidente da comissão de coordenação, o australiano John Coates.

Até o momento, nem boicotes (em Moscou-1980 e Los Angeles-1984) nem o vírus Sars (2003) ou o zika (antes dos Jogos do Rio-2016) causaram a suspensão ou o adiamento dos Jogos Olímpicos.

Somente as guerras mundiais causaram o cancelamento dos Jogos. Primeiro os que estavam planejados para Berlim, em 1916. Em 1940, foram suspensos os de Sapporo (inverno) e de Tóquio (verão), e em 1944 os de Cortina d’Ampezzo (inverno) e de Londres (verão).

Os Jogos de Paris de 2024 também serão discutidos na reunião do COI. Na terça-feira, Tony Estanguet, presidente do comitê organizador, fará uma apresentação das instalações, antes da validação formal de Taiti como sede das provas de surf.

 

Com informações de AFP e BBC

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