“Não tem recurso para a área da moradia mas tem para liberar R$ 4 bilhões em emendas. Se tem dinheiro para comprar deputado, tem que ter para moradia popular”, discursou.
JOSÉ MARQUES – Folha de São Paulo
Uma semana após a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara do Deputados, o MTST organizou protestos na tarde desta quarta (9) em frente às casas ou escritórios de sete deputados paulistas que votaram favoravelmente ao peemedebista na Casa Legislativa.
Em frente à casa de Eli Corrêa Filho (DEM) houve queima de bonecos com fotos dos deputados. Nas proximidades da residência de Antônio Bulhões (PRB), os manifestantes colocaram fogo em pneus.
Ainda houve atos em frente às casas de Paulo Maluf (PP), Beto Mansur (PRB), Celso Russomanno (PRB), Milton Monti (PR) e Goulart (PSD).
O líder do movimento, Guilherme Boulos, ficou à frente do ato em frente à casa de Maluf, na zona oeste paulistana.
Antes de caminhar até o local, ele disse que o ato foi convocado porque o governo tem cortado verba para moradias populares, mas antes da votação liberou dinheiro de emendas aos deputados.
“Não tem recurso para a área da moradia mas tem para liberar R$ 4 bilhões em emendas. Se tem dinheiro para comprar deputado, tem que ter para moradia popular”, discursou.
O movimento calcula que duas mil pessoas se dirigiram à casa de Maluf, enquanto a Polícia Militar diz que foram 600.
O deputado não apareceu e nem abriu as portas da casa.
Em frente à residência, eles colaram cartazes com a foto do deputado e os dizeres “R$ 4,1 bilhões em emendas = 43.200 casas”. Em gritos, também pediram a prisão de Maluf.
O grupo chegou ao local às 17h30. Até o início da noite desta quarta (9), não haviam sido registrados incidentes.