Na ‘cadeia da farra’, presos tinham motel e saíam para festas

A Unidade Prisional de Anápolis, em Goiás, era uma espécie de “centro de diversão” para criminosos. Segundo investigações do Ministério Público (MP-GO), o espaço contava com motel, os presos saíam para festas e o tráfico de drogas dentro do estabelecimento penal era recorrente.

Segundo o promotor de Justiça Thiago Galindo, a unidade era uma espoécie de “escritório seguro do crime”, sendo que até um caso de homicídio, cuja vítima foi dada como suicida, acabou sendo descoberto ao longo da operação, que busca combater as regalias e as práticas de crimes na unidade.

“É uma gama de pequenos crimes que se prolongaram por muito tempo e ultrapassaram todos os limites”, destaca o promotor, coordenador da operação que prendeu o diretor da unidade, um supervisor, um agente e mulheres de detentos na manhã de ontem, terça-feira.

Entre as irregularidades descobertas, a existência de um motel que funcionava em um anexo que deveria servir como depósito de materiais. No local, livro com telefone das mulheres que seriam chamadas, bombom e frutas.

Muitos presos não trabalhavam, mas tinham os dias descontados da pena como se trabalhassem a semana toda, sem desconto. Além disso, eles negociavam saídas para visitar as famílias ou festas.

Àqueles que precisassem de dinheiro, havia a possibilidade de ser levado a uma agência bancária, com direito a agentes digitando as senhas dos presos. Na sala do diretor, um caderno revelou o registro de pagamentos de vários presos e até cartões deles, negociações estas cujo valor passaria de R$ 1 milhão.

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