No DF, 57.666 doses de vacina foram aplicadas em pessoas de fora

A Secretaria de Saúde divulgou nesta terça-feira (20/4) novo balanço da Campanha de Vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal. O boletim revela que 57.666 doses foram aplicadas em moradores de outras unidades da Federação.

Os dados foram extraídos da plataforma e-SUS Notifica, do Ministério da Saúde, que é alimentada pela pasta local. Há registro de pessoas de todos os estados brasileiros que procuraram o DF para serem imunizadas.

A maior parte veio de Goiás – 19.643 receberam a D1 (primeira aplicação) e 8,6 mil, a D2 (segunda aplicação). Do estado de Minas Gerais, 5.025 receberam a D1 no DF e 1.927, o reforço.

Dos moradores de outras unidades da Federação que mais procuraram o DF para se vacinar, estão residentes de São Paulo (2.288 D1 e 876 D2), do Rio de Janeiro (2.276 D1 aplicadas e 762 D2), da Bahia (1.959 D1 e 773 D2) e do Piauí (1.373 D1 e 566 D2).

Cartão de vacina

Diante do alto número de imunizantes aplicados em pessoas de outras cidades, a Secretaria de Saúde anunciou que a segunda dose da vacina contra a Covid-19 será destinada exclusivamente a quem tomou a primeira dose no Distrito Federal.

A decisão foi tomada após o aumento da procura de pessoas que moram em outras localidades brasileiras, principalmente de regiões em que houve escassez da segunda aplicação. O controle será feito por meio do cartão de vacina.

De acordo com o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, a primeira dose não será negada para quem resida fora do Distrito Federal: “Não é justo que uma pessoa ou um estado tenha usado a segunda dose como primeira e depois a pessoa venha receber a segunda dose aqui. Seria injusto, porque asseguramos a segunda aplicação no DF”.

Até o momento, ao todo, foi informada a aplicação de 375.809 doses no DF, sendo 277.087 D1 e 98.722 D2.

Do total de doses aplicadas, de acordo com o sistema federal, 305.106 foram da Coronavac (81,2%) e 70.703 da Covishield/AstraZeneca (18,8%). Das primeiras doses, 61,6% foram administradas em pessoas do sexo feminino. Já em relação às segundas doses, a proporção foi de 63,2% para o grupo feminino e 36,8% para o masculino.

Vacinação por público

A maior parte das primeiras doses aplicadas no DF foi em pessoas idosas a partir de 64 anos, que representa 179.364 vacinados. Os trabalhadores da Saúde vêm em seguida, com 90.709 imunizados.

Considerando a segunda dose, 49.136 profissionais de saúde completaram o esquema vacinal seguido por 47.602 idosos. A situação inversa, comparando a aplicação de D1 e D2 nesses dois públicos, ocorre porque a maioria dos idosos recebeu a vacina Covishield/AstraZeneca, que tem intervalo de aplicação maior do que o da CoronaVac.

Eventos adversos

Após análise e retirada das duplicidades, até o dia 18/04/2021, foram notificados no sistema 1.700 casos de eventos adversos associados temporalmente às vacinas contra Covid-19: 1.120 relacionados à vacina Coronavac e 546 à AstraZeneca.

Do total, 34 eventos foram encerrados como erro de imunização, pois o usuário foi vacinado de maneira inadvertida com as duas vacinas contra a Covid-19. Em um caso, o intervalo entre as doses foi inferior a 14 dias, sendo então a segunda dose considerada inválida.

Até o momento, 476 fichas foram analisadas e encerradas. Após avaliação de causalidade, 93 casos foram classificados como causados por outros fatores que não as vacinas, e 379 casos foram associados aos imunizantes.

Em relação à Coronavac, 211 casos foram classificados como não graves, 42 erros de imunização (4 com evento não grave associado) e 3 graves,
pois houve internação por mais de 24 horas. Entre os sintomas apresentados após a vacina, no geral, 116 pessoas relataram cefaleia, 47 mialgia, 35 diarreia e 11 reação de hipersensibilidade cutânea.

Já com relação à AstraZeneca, 80 foram classificados como não graves, 8 erros de imunização (2 com evento não grave associado), e 1 grave, pois o usuário apresentou
paralisia facial periférica. Os sintomas mais relatados foram: cefaleia (40), mialgia (35), febre (21) e reação no local de aplicação (18).

Vinte e dois óbitos foram notificados por estarem temporalmente associados à Coronavac e nove óbitos associados temporalmente à AstraZeneca. Após investigação, foi concluído que os 31 óbitos foram coincidentes com as vacinas, e não causados por elas.

Perdas

Até o momento, foram informadas à Rede de Frio 145 ocorrências de perdas físicas de vacinas. Ao todo, há registro de 2.604 perdas físicas de doses, sendo 2.527 por volume insuficiente, 71 por quebra de frasco, duas por falta de pressão no frasco, uma por mudança de cor e três por extravasamento na seringa.

Há ainda 385 doses que ficaram fora da temperatura recomendada em bula e estão em análise pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) para avaliação quanto à perda ou não da eficácia.

Com informações, Metrópoles

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