Número de suicídios aumentou 10% nos EUA

Uma pesquisa da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, revelou que o número de suicídios aumentou no país nos meses após o ator Robin Williams ter se matado, em 2014. De acordo com o estudo, houve um acréscimo de 10% na quantidade de casos desse tipo. O estudo mostrou ainda que o índice de suicídios por asfixia, método utilizado pelo ator, cresceu 32%, enquanto outras estratégias para tirar a própria vida tiveram aumento de apenas 3%.

As estatísticas estimavam um número de 16.849 suicídios entre agosto e dezembro de 2014, mas o índice de casos relatados chegou a 18.690. O ator foi encontrado morto em sua casa no dia 11 de agosto de 2014, após se enforcar.

Número aumenta após suicídios de celebridades

Os pesquisadores que participaram da investigação apontam que os casos aconteceram, principalmente, entre homens de 30 a 44 anos. Para chegar a essas conclusões, eles analisaram dados mensais sobre suicídio do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), de janeiro de 1999 a dezembro de 2015. Durante essa análise, os cientistas observaram o sexo da pessoa, o método utilizado e a idade. As informações são de O Globo.

– A pesquisa mostrou que o número de suicídios aumenta após o suicídio de uma celebridade. Mas este é o primeiro estudo, segundo nosso conhecimento, que examinou o efeito de um suicídio de uma pessoa famosa sobre a população em geral, na era moderna do ciclo de notícias 24 horas- explicou David S. Fink, que participou do estudo.

Além de analisar os dados sobre suicídio, os cientistas relacionaram essas informações à profusão de notícias veiculadas sobre a morte do ator, usando para isso a ferramenta de tendência de notícias da Bloomberg. Os pesquisadores compararam relatórios de junho de 2013 a janeiro de 2015. A partir dessa observação, eles constataram que menções a “suícidio”, “mortos” e “Robin Williams” aumentaram significativamente nas semanas após sua morte.

– A morte de Williams pode ter fornecido o estímulo necessário para segmentos de alto risco da população americana, especialmente homens de meia-idade em desespero, para passar da condição de ideia suicida para o ato suicida- afirma Fink.

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