O suicídio entre jovens aumenta 20% no Brasil

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O país que registra a maior taxa de suicídios no mundo é o Sri Lanka, na Ásia: 34,6 por 100 000 habitantes. Depois vêm Guiana, Mongólia, Cazaquistão e Costa do Marfim. O primeiro país desenvolvido da lista é a Coreia do Sul, situação atribuída principalmente à pressão sobre os estudantes por bons resultados.

Nos últimos vinte anos, medidas de prevenção fizeram com que a incidência de novos casos caísse em 83% das nações que reportam dados à Organização Mundial da Saúde. Brasil e Estados Unidos, porém, permanecem entre os 17% onde a taxa continua a subir — trágica e principalmente entre jovens, meninos e meninas que buscam a morte antes mesmo de conhecer a vida.

Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade por suicídio aumentou mais entre os 15 e os 24 anos do que em qualquer outra faixa etária: 20% entre 2011 e 2016 — o suicídio é agora a terceira maior causa de óbito nesse segmento.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que, entre jovens de 15 a 19 anos, o suicídio teve um aumento igual, de 20%, e no mesmo período. Aqui, a decisão de tirar a própria vida já é a quarta causa mais frequente de morte entre jovens.

Em um terço dos países do mundo, entre eles Japão e Coreia do Sul, suicidar-se é a causa mortis mais comum entre meninos e meninas. “Os idosos eram o maior grupo de risco. Agora, os jovens começam a tomar o seu lugar”, afirma o psiquiatra Humberto Corrêa, presidente da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção de Suicídio.

Aos suicidas, a existência de cordas de salvação profissionais é essencial. Nos municípios brasileiros que contam com Centros de Atenção Psicossocial, o risco de atentado à própria vida diminuiu, em média, 14%. A procura por serviços do gênero não para de crescer. Em 2017, os voluntários do mais tradicional deles, o Centro de Valorização da Vida, atenderam 2 milhões de chamados, o dobro do ano anterior. O CVV criou recentemente um chat em seu site para se aproximar de quem se sente mais à vontade diante de uma tela do que de um telefone.

É uma tragédia. A existência de transtorno mental recorrente ou ocasional, principalmente depressão, paira sobre 98% dos casos de suicídio, e a eles se associam geralmente um ou mais fatores agravantes. No caso dos jovens, a psiquiatra Analice Gigliotti aponta a frequência da relação entre o abuso de drogas e álcool e a morte autoinfligida. Com informações da Veja

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