Os ‘arranhões’ entre Doria e Alckmin

Em visível clima de desconforto, o prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador Geraldo Alckmin se encontraram nesta segunda-feira durante o F;órum Exame, num hotel na capital paulista. Doria chegou ao evento quando Alckmin encerrava sua participação. Posaram rapidamente para uma foto e tomaram um rápido café a portas fechadas na presença dos seus secretários.

Foi o primeiro encontro depois da entrevista do prefeito ao jornal O Estado de S. Paulo na qual admitiu deixar o PSDB e disse que não enfrentaria o governador em uma prévia para decidir quem será o candidato do partido à Presidência da República. Duas frases caíram como uma bomba nas fileiras internas da sigla: “Pretendo continuar, até que alguma circunstância me impeça disso” e “A política traz sempre ares, tempestades e fatos que não estão dentro do seu prognóstico”.

Nesta segunda, em recado direto ao prefeito, Alckmin disse que, na política, “novo é falar a verdade, olhar nos olhos e as pessoas acreditarem e defender o interesse coletivo”. Questionado sobre a declaração de Doria, disse que “João é uma pessoa querida” e que não acredita na saída dele do PSDB — “por crença pessoal”.

Já Doria iniciou sua fala no evento dizendo que “não há atrito nem arranhão” em seu relacionamento com Alckmin. Para tucanos de diferentes alas — alguns, inclusive, chegaram a aconselhar Doriaa ‘desacelerar’, numa analogia com o bordão do prefeito –, ficaram muito mais do que simples arranhões entre os dois. As informações são de Silvio Navarro, da revista Veja.

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