O Papa Francisco ordenou a proibição da venda de cigarros no Vaticano a partir do ano que vem devido aos problemas de saúde associados ao tabagismo.
“O motivo é muito simples: a Santa Sé não pode cooperar com uma prática que prejudica claramente a saúde das pessoas”, explicou, em comunicado, o porta-voz do Vaticano, Greg Burke.
O porta-voz destacou dados da Organização Mundial de Saúde, que atribui ao fumo a morte de 7 milhões de pessoas por ano no planeta. As informações são de O Globo.
Os cigarros são vendidos a preços reduzidos aos cerca de 6 mil funcionários do Vaticano, que podiam comprar cinco maços de cigarros por mês. Muitos italianos pedem aos seus amigos que não fumam e que trabalham no Vaticano para comprar cigarros para eles, porque o produto custa muito menos do que na Itália, onde está sujeito a pesadas taxas de impostos.
Burke reconheceu que a venda de cigarros foi uma fonte de receita para a Santa Sé, mas acrescentou: “Nenhum lucro pode ser legítimo se custar a vida de pessoas”.
O livro “Avarizia”, lançado em 2015 e baseado em documentos secretos do Vaticano, afirma que a venda de cigarros rende cerca de 10 de milhões de euros por ano ao Vaticano. É a sua segunda maior fonte de rendas, perdendo apenas para a gasolina, que é livre de impostos.
A venda de charutos, no entanto, continua permitida, já que a fumaça não é inalada.