O advogado Yamato Ayub, irmão de Odilon, disse que tudo não passou “de uma brincadeira” e começou quando o servidor estava atendendo um senhor de nome Jair na unidade da Receita onde trabalha, em Cachoeiro do Itapemirim. Segundo o advogado, o irmão brincou perguntando se o tal Jair tinha sobrenome “Bolsonaro”.
— Ele acessou o sistema inadvertidamente para ver a data de nascimento do (presidente Jair) Bolsonaro. Foi curiosidade, infantilidade, ingenuidade. Não houve vazamento de dados. Não houve acesso a patrimônio. Tudo sem maldade. Vamos aguardar o resultado do inquérito — comentou.
De acordo com Yamato, o irmão fez a consulta no sistema da Receita Federal em outubro do ano passado, quando Bolsonaro era candidato à Presidência. O nome de Bolsonaro permanece em constante vigilância após o atentado sofrido em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG).
Henedina Ayub, uma das irmãs de Odilon, também procurou minimizar o impacto das ações do irmão ao comentar o fato em uma rede social.
“Só na cabeça dele (Odilon) usar o computador da Receita para saber dados do Bolsonaro. Sabemos que tem pessoas que torciam que fosse roubo ou até propina pelo fato de ser da Receita”, escreveu.
Odilon é irmão da deputada federal Norma Ayub (DEM-ES). Em nota, a deputada declarou não ter nenhuma relação com o caso.
“Esclarecemos ainda que o irmão não foi incriminado, apenas foi prestar esclarecimentos em uma investigação. Trata-se de um caso isolado do Odilon, sem nenhuma relação com a atividade parlamentar de Norma Ayub”, afirmou a nota.
A Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo informou, em nota, “que não comenta eventuais investigações em andamento”.