Pfizer antecipará cronograma e entregará 14 milhões de doses ao Brasil até junho, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na manhã desta segunda-feira, 8, que a Pfizer antecipará o cronograma e entregará 14 milhões de doses de vacina contra a covid-19 até junho. Inicialmente, o plano previa 9 milhões até a data. O anúncio ocorreu após reunião entre representantes da farmacêutica, via videoconferência, com o presidente Jair Bolsonaro.

“A solução para o Brasil é vacinar para manter imunidade da população e preservar sinais vitais da economia”, afirmou Guedes.

Segundo o ministro, a Pfizer informou ao governo brasileiro que vai aumentar a produção diária de 1,5 milhão para 5 milhões de doses. “O presidente da Pfizer disse que o Brasil é muito importante, são 200 milhões de brasileiros. Ele se comprometeu a olhar para essa expansão potencial e vai olhar com carinho futuros aumentos na produção do Brasil”, completou.

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra a covid-19, em 23 de fevereiro. O imunizante tem eficácia global de 95%. Para a população acima de 65 anos, alcança 94%, segundo avaliou a agência sanitária.

Apesar da alta eficácia, Bolsonaro desdenhou em mais de uma oportunidade da proposta do laboratório para venda da vacina. “Lá no contrato da Pfizer está bem claro: ‘Não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema de você’”, disse o presidente em 17 de dezembro. Procurada pela reportagem, a farmacêutica americana ainda não se manifestou. Pazuello deve ser reunir com representantes da empresa ainda nesta quarta.

A previsão é de compra de 99 milhões de doses da Pfizer, sendo que 9 milhões chegariam ao país até junho, 30 milhões até setembro e o restante até o fim do ano. Nos últimos meses, o titular da Saúde tem sido pressionado a avançar nas negociações com as farmacêuticas e a ampliar a lista de vacinas à disposição.

Este obstáculo foi superado após a Câmara aprovar, na semana passada, um projeto de lei para que a União possa assumir as responsabilidades por eventuais efeitos adversos de vacinas da covid-19, o que abriu caminho para o negócio com a Pfizer avançar.

Segundo Guedes, houve “problemas de escala” na negociação com a farmacêutica. “Os dois lados reconhecem isso. Não fazia sentido 100 mil doses, isso não é número para o Brasil”, afirmou. “Os dois lados demoraram um pouco com as negociações, mas temos que olhar pra frente”, completou.

A previsão anunciada pelo Ministério da Saúde é de compra de 99 milhões de doses da Pfizer até o fim do ano.

Estadão

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