O senador Jean Paul Prates (PT-RN; foto), que integra o grupo de trabalho de Minas e Energia no gabinete de transição de Lula, disse nesta quinta-feira (24) que a Petrobras deve alterar a sua política de preços a partir de 2023. Em vez de o mercado definir a formação de preços, será o governo brasileiro a dar as cartas.
“Política de preços não é da Petrobras, é do governo”, disse o senador, cotado para o cargo de presidente da estatal no ano que vem. “Vamos começar a separar bem essas coisas. A Petrobras vai fazer a política de preços dela, dos clientes dela, como qualquer empresa.”
Ele ainda defendeu que a política geral de preços venha de contas de estabilização e colchões de amortecimentos – propostas que estão em discussão no Congresso. Prates descartou a possibilidade de intervenção estatal como congelamento de preços.
Desde 2016, com a chegada de Michel Temer ao poder, a Petrobras tem como linha-mestra o Preço de Paridade Internacional (PPI), que atrela o valor do combustível vendido no Brasil à cotação do mercado internacional. Isso torna a Petrobras mais atrativa à investimentos estrangeiros, ao mesmo tempo em que torna o preço do combustível no país suscetível à cotação do dólar.
O antagonista