A recente apreensão de um carro da Secretaria de Saúde de Assú transportando drogas no Paraná levanta uma questão bem mais preocupante: a Prefeitura sob o comando de Lula Soares tem controle sobre sua frota e o abastecimento dos veículos oficiais?
Quem fiscaliza o abastecimento? Existem registros detalhados sobre o consumo de cada veículo? Como a prefeitura garante que os recursos públicos destinados ao combustível não estão sendo desperdiçados ou desviados?
Casos de descontrole em abastecimentos não são raros em administrações públicas.
Se a prefeitura adotasse métodos de controle sobre a entrada e saída de carros, quantidade de combustível utilizada, quilometragem percorrida e finalidade de cada abastecimento, não existiria carro “perdido” pelo Brasil, pelo contrário, assim que houvesse a identificação, seria denunciado a polícia, e a situação estaria sob controle.
Mas com um carro perdido e que só foi percebido após a apreensão da polícia, como confiar que a população não pode estar pagando por um consumo que nem sequer está beneficiando os serviços públicos?
Vale lembrar que a gestão do atual prefeito Lula Soares é, na prática, uma continuidade do governo de Gustavo Soares. Os mesmos cargos estratégicos continuam ocupados por quase todas as mesmas figuras e as alianças políticas permanecem intocáveis.
Além disso, rumores que circulam pela cidade apontam que veículos da prefeitura teriam sido usados para fins particulares, incluindo viagens de comissionados para Caicó durante o Carnaval e para praias em janeiro.
Se tais informações se espalham com tanta facilidade, não seria o caso de a gestão esclarecer e apresentar registros detalhados do uso da frota? Quando isso acontece, esses veículos foram abastecidos com dinheiro público? São questionamentos que precisam ser respondidos para afastar qualquer suspeita de uso indevido dos bens municipais.
Diante disso, cabe aos órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas, averiguar se há de fato um gerenciamento adequado dos veículos municipais ou se estamos diante de mais um exemplo de má gestão dos recursos públicos.
Se a Prefeitura de Assú não conseguiu nem evitar que um carro da Secretaria de Saúde fosse apreendido em outro estado com drogas, o que garante que há controle sobre o uso de combustível e os demais veículos da frota? A população merece respostas.