Presidente Temer levou R$ 1 milhão

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Nos relatos à Procuradoria Geral da República (PGR), os delatores da JBS detalharam como uma caixa com R$ 1 milhão em dinheiro vivo, destinada diretamente a Michel Temer (PMDB), foi entregue ao coronel João Baptista Lima Filho, amigo do então vice-presidente.

De acordo com os relatos, coube a Demilton de Castro e Florisvaldo de Oliveira levar o dinheiro ao escritório. Espremido no porta-malas de um Corolla, o dinheiro foi levado até o escritório localizado na Vila Madalena, em São Paulo. O relato, reproduzido pela revista “Época”, aponta que Florisvaldo chegou a ir antes ao local para fazer um reconhecimento e tomou uma bronca do coronel por ter chegado lá sem o dinheiro.

Na segunda viagem, o funcionário foi acompanhado de Demilton, que cuidava das planilhas de propina na JBS. No local, foram orientados por João Baptista Lima a colocar o dinheiro no porta-malas de outro veículo, em vez de levar a caixa com a propina para o prédio.
De acordo com os delatores da JBS, o dinheiro repassado para Temer por meio do coronel também fazia parte de um total de R$ 15 milhões a que ele tinha direito para distribuir a aliados. Os recursos teriam ido parar nos cofres da JBS a partir de empréstimos obtidos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os aportes do banco público na JBS proporcionados pelo governo petista de Lula e Dilma Rousseff custavam um pedágio de 4%, num acerto feito anos antes por Joesley Batista com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O dinheiro, dizem os delatores, foi depositado em duas contas nos Estados Unidos, cujo saldo superou os US$ 150 milhões. Na campanha de 2014, a mando de Mantega, começou a ser distribuído. Para Temer, especificamente, foram destinados R$ 15 milhões – ele ficou com R$ 1 milhão em dinheiro vivo e repassou valores para correligionários.

Em resposta, o secretário de Comunicação da Presidência da República, Márcio de Freitas, disse que Temer “jamais ordenou ao meliante Joesley Batista qualquer pagamento a quem quer que seja. Nem o fez a nenhum de seus capangas”. Segundo ele, “nunca houve pedido de pagamento ao coronel João Baptista Lima. A delação é uma peça de ficção, baseada em mentiras e ilações”.

Proximidade. O coronel Lima sempre foi muito ligado a Temer. Eles convivem desde os anos 80 e 90, quando o presidente exerceu o cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo.

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