Preso após delação, procurador infiltrado da JBS é denunciado

Preso durante a deflagração da Operação Patmos, o procurador Ângelo Goulart Villela, acusado de vazar informações sigilosas para a JBS e delatado por Joesley Batista, foi denunciado pela Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR3) por corrupção passiva, violação de sigilo funcional e obstrução à investigação.

Na delação da JBS, o executivo Joesley Batista afirmou que Ângelo Goulart Villela teria recebido valores para repassar informações das investigações nas quais o empresário figurava como investigado. Villela foi preso no dia seguinte à revelação, pelo GLOBO, do conteúdo da delação de Joesley Batista. As informações são de O Globo.

A atuação a favor da JBS foi relatada à Procuradoria-Geral da República pelo presidente da empresa, Joesley Batista. O empresário apresentou documentos e provas e também participou de ações controladas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. Em razão da colaboração de Joesley, a Procuradoria deixou de oferecer denúncia contra ele e o diretor jurídico do grupo, Francisco de Assis.

A Procuradoria denunciou o advogado Willer Tomaz de Souza. Teria sido ele o responsável por cooptar Ângelo Goulart Villela para ajudar a JBS com informações sigilosas das operações Greenfield e Lava-Jato. A denúncia contra ambos foi feita em São Paulo porque o procurador, embora estivesse cedido à Procuradoria-Geral da República, tem lotação na Procuradoria da República em Osasco. A lei determina que procuradores sejam processados no Tribunal responsável pelo local de sua lotação.

Além disso, o Ministério Público Federal também pediu que seja remetida a cópia dos processos para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região para que seja apurada os fatos relacionados ao juiz federal Ricardo Leite.

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