Presos suspeitos de usar seita para mutilar crianças

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O líder. Donato Brandão (foto) já havia sido condenado no Maranhão e se mudou para o Rio em 2013

A Polícia Civil de Petrópolis, na região Serrana do Rio, prendeu 11 pessoas na manhã dessa sexta-feira (5) acusadas de envolvimento em uma seita religiosa que mutilava crianças e cometia crimes, como de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As informações são do G1.

Quatro mulheres e sete homens foram encontrados no bairro Itaguaí, no Rio de Janeiro. Eles foram encaminhados para a 105ª Delegacia de Polícia, no bairro Retiro.

De acordo com o portal, a 1ª Vara Criminal de Petrópolis expediu 15 mandados de prisão para os suspeitos, além de cumprimento de busca e apreensão no endereço dos denunciados em Itaguaí, onde funcionava a seita religiosa utilizada para a prática dos crimes, segundo a Polícia Civil. Quatro pessoas eram procuradas pela polícia na noite dessa sexta-feira (5).

O homem responsável pela seita, Donato Brandão Costa, também foi preso na operação dessa sexta-feira (5).

No Maranhão, ele foi condenado em 1999 a 37 anos e oito meses pelo crime de lesão corporal gravíssima, falsificação de documento público e estelionato. Donato é apontado como responsável pela castração de três jovens em São Luís, em 1994.

Ainda de acordo com a Polícia, ele possui outras condenações no Estado de São Paulo.

Segundo os policiais, a seita religiosa começou em 1990 no Maranhão. O grupo mudou para Petrópolis em 2013. Em abril do ano passado, a Polícia descobriu um sítio localizado no km-74, na rodovia BR-040.

Na ocasião, foi cumprido um mandado de busca e apreensão e encontrados documentos e roupas de crianças enterrados no terreno, além de livros de procedimentos cirúrgicos, grande quantidade de ácido glicólico, diversos cartões de crédito, documentos de pessoas jurídicas de fachada e carros de luxo.

Não há, segundo a Civil, informação de que os atos de mutilação eram praticados em Petrópolis.

No Maranhão, a seita era conhecida como ‘Brandanismo’, estabelecida na praia do Aracagi, entre as cidades de São Luís e São José de Ribamar (MA) – na Região Metropolitana.

Segundo a Justiça, os seguidores deviam obediência irrestrita a Donato Brandão, e no local aconteciam rituais de purificação, como jejuns superiores a sete dias, espancamentos e violência sexual, com a prática de homossexualismo masculino, culminando com a extirpação dos órgão genitais.

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