Primeiro-ministro israelense comemora ‘dia histórico’

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comemorou o “dia histórico” após o presidente americano, Donald Trump, anunciar que os EUA reconhecem Jerusalém como capital de Israel. A medida foi acompanhada da decisão de iniciar o processo de transferência da embaixada dos EUA — hoje em Tel Aviv, que concentra todas as embaixadas no país — para a cidade sagrada. Trump foi alvo de forte pressão para que não tomasse tal passo, que pode causar instabilidade nas negociações de paz entre Israel e palestinos e foi criticado por líderes de vários países e organizações.

Para Netanyahu, a decisão é um “importante passo para a paz” e afirmou que qualquer acordo de paz com os palestinos deve incluir Jerusalém como a capital de Israel. O premier ainda pediu que outros países sigam o exemplo dos Estados Unidos e mudem suas embaixadas para a cidade. O líder israelense também disse que a decisão do presidente dos Estados Unidos não mudaria nada no que diz respeito aos locais sagrados das três principais religiões monoteístas em Jerusalém, reafirmando o compromisso de Israel em manter o “status quo”.

— Jerusalém tem sido a capital de Israel por quase 70 anos. Jerusalém tem sido o foco de nossas esperanças, nossos sonhos, nossas orações por três milênios. Jerusalém tem sido a capital do povo judeu por 3 mil anos. Foi aqui que nossos nossos templos se ergueram, nossos reis governaram, nossos profetas pregaram. De todos os cantos da terra, nosso povo desejava retornar a Jerusalém, tocar suas pedras douradas, caminhar pelas ruas sagradas. Portanto, é raro poder falar de marcos novos e genuínos na gloriosa história desta cidade — disse Netanyahu em um vídeo.

O presidente israelense, Reuven Rivlin, também comemorou a decisão de Trump, dizendo que Jerusalém não é, e nunca será, um obstáculo à paz para aqueles que querem a paz.

“Após o jubileu — cinquenta anos após a reunificação da cidade — chegou o momento de trazer tranquilidade a Jerusalém, e ver a esperança florescer na capital de Israel, o lugar onde os peregrinos vêm de todo o mundo. O reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel e a mudança das embaixadas para a cidade é um marco no reconhecimento do direito do povo judeu à nossa terra e um marco no nosso caminho para a paz para todos os moradores de Jerusalém e toda a região”, disse Rivlin.

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