Professora da UFRN conquista prêmio “Para Mulheres na Ciência”

Contribuindo para a equidade de gênero na ciência, o prêmio Para Mulheres na Ciência já contemplou mais de 120 pesquisados em seus 19 anos de existência, com bolsas de R$50 mil nas áreas de Ciências Químicas, Ciências Físicas, Ciências Matemáticas e Ciências da Vida. Na edição deste ano, entre as sete ganhadoras, a pesquisadora Manuela Sales Lima Nascimento, docente do Departamento de Microbiologia e Parasitologia (DMP) do Centro de Biociências (CB) da UFRN, foi premiada.

A premiação é resultado de uma parceria entre a L’Oréal, Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Para concorrer, é necessário ter o título de doutorado e apresentar à banca de avaliação uma proposta de trabalho executável ao longo dos doze meses de vigência da bolsa. A organização avalia a qualidade, o impacto do projeto e a extensão do trabalho desenvolvido anteriormente pela candidata.

Manuela Sales Lima Nascimento foi vencedora na categoria Ciências da Vida, com a proposta de investigar a infecção congênita causada pelos agentes da sífilis e da toxoplasmose. Sua pesquisa é pioneira e tem o intuito de avaliar se tais infecções provocam alterações no sistema imunológico dos bebês.

A hipótese de Manuela é que a exposição intrauterina aos agentes infecciosos pode trazer alterações na resposta imunológica dos bebês, resultando em diferentes graus de imunorregulação e/ou imunocomprometimento. Os resultados que forem obtidos irão contribuir para a orientação clínica de bebês com infecções congênitas.

Após vários anos submetendo sua pesquisa ao prêmio, o anúncio da conquista foi feito para Manuela pela presidente da ABC, professora Helena Nader, que participou da banca avaliadora. De acordo com Manuela, este é um prêmio de representatividade feminina na pesquisa e, por estar em sua segunda gestação, ela espera que a premiação traga mais sensibilidade para a maternidade nos ambientes de pesquisa.

“A maternidade tem um grande impacto na vida das mulheres e não pode ser um empecilho para o trabalho de uma cientista. Minha grande expectativa é que esse prêmio possa trazer mais visibilidade para o que as mães precisam dentro da ciência, a fim de viabilizar e facilitar a nossa permanência”, revela.

Portal da UFRN

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