PT deve bancar viagem de Lula a Porto Alegre em avião fretado

O PT deve bancar a viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Porto Alegre na tarde desta terça-feira. O petista deve chegar à capital gaúcha em jatinho fretado pela legenda pouco antes do ato político, marcado para as 17h na região central da cidade.

A manifestação dos petistas acontece um dia antes do julgamento da apelação criminal do caso do tríplex do Guarujá no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Questionado se o PT bancaria a vinda do petista, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, respondeu de forma curta:

— Deve ser.

Okamotto explicou que, quando viajou a Curitiba para depor ao juiz Sergio Moro no ano passado, Lula não poderia ter as despesas pagas pelo partido.

— Aquilo era um depoimento. Agora ele está indo para uma reunião política. Os dirigentes do PT estão indo para uma reunião política e ele está pegando uma carona. Isso não é notícia. As informações são de O Globo.

Lula é integrante do diretório nacional do PT, o que permite que o partido pague as suas despesas em deslocamentos para atividades políticas.

Também questionado sobre o assunto, o tesoureiro do PT, Emidio de Souza, disse que a legenda presta contas ao Tribunal Superior Eleitoral de todas as despesas realizadas com recursos do Fundo Partidário.

Ao prestar o primeiro depoimento ao juiz Sergio Moro, em 10 maio do ano passado, Lula viajou para Curitiba a bordo de um jato particular de propriedade da holding do seu ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, envolvido no mensalão tucano.

Amigo pessoal do petista, Mares Guia foi acusado de peculato e lavagem de dinheiro no escândalo de 2007. A Justiça decretou a prescrição dos supostos crimes atribuídos a ele em 2014.

A polêmica em torno do uso do jatinho de Mares Guia e os problemas de caixa do PT fizeram com que Lula optasse pelo carro na segunda vez que foi prestar depoimento em Curitiba, em 13 de setembro.

No primeiro interrogatório, Lula respondeu a perguntas relacionadas ao tríplex do Guarujá, ação em que foi condenado a nove anos e meio de prisão e que será avaliada pelo TRF-4 nesta quarta-feira. Já o segundo depoimento tratava de outro caso, o do aluguel de um apartamento vizinho ao seu em São Bernardo do Campo, no ABC.

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