Recuperação das estradas é imperativo para população dos municípios do Alto Oeste Potiguar

O município de Pau dos Ferros foi palco de amplo debate em torno da situação das rodovias localizadas na região do Alto Oeste Potiguar e os impactos negativos causados pela falta de manutenção. Prefeitos de mais de 20 municípios, vereadores, secretários municipais, além de representantes da sociedade civil organizada, representantes do Governo do Estado, Universidade Federal do Semi Árido e Unidade Estadual do RN, participaram de audiência pública, na manhã desta sexta-feira (26), na Câmara dos Vereadores de Pau dos Ferros.

“Estrada é saúde. Melhorar estradas é melhorar a saúde das pessoas. Também é economia. Através das estradas que se leva a produção dos municípios, alimentos e insumos para todo o estado. O alto custo de transporte impacta em toda a população. A realização desse debate é para que as pessoas possam entender que nós, da Assembleia Legislativa do RN, estamos preocupados com a população e buscando melhorias”, destacou o propositor da audiência, deputado estadual Dr. Kerginaldo Jácome (PSDB). Presente no debate, o deputado Ivanilson Oliveira (União) destacou a necessidade de obter resposta sobre a situação. “Estamos aqui para ouvir e reivindicar solução”, disse.

O presidente da Câmara dos Vereadores, José Alves (PL), destacou a importância da reunião para Pau dos Ferros e todo o RN. “É um problema que já vem de muitos anos, espero que esta oportunidade de diálogo seja proveitosa e, por meio dessas discussões e contribuições, possamos conseguir soluções viáveis para estes desafios. O pedido que o deputado faz, ao promover essa audiência, é o mesmo de toda a população da região”, disse.

Presidente Associação dos Municípios do Oeste Potiguar (AMOP) e prefeito de Patu, Rivelino Câmara, destacou a importância da presença da AL em todas as bases e apresentou os pleitos do grupo que representa. “Somos a região mais distante da capital e os mais atingidos. Por isso, a nossa sugestão é, quando começar a recuperar as estradas, começar pela região Oeste, o trajeto até Natal é enorme. Reconhecemos que essa questão das estradas é um problema de anos, em virtude da falta de investimento na manutenção. Agora o problema se agravou, antes tínhamos algumas estradas ruins, agora são todas”, afirmou.

A comunidade acadêmica também marcou presença no debate. As professoras Aldacéia Oliveira, que também é vereadora, representando a UERN, e Marília Cavalcanti Santiago, representando a UFERSA, destacaram a necessidade urgente de recuperação das vias. “Precisa de uma parceria federal, estadual e municipal. São obras caras que precisam de atenção especial a alguns aspectos, como a drenagem”, apontou Marília Cavalcanti Santiago.

Respostas
Um calendário de obras de recuperação e manutenção das rodovias foi apresentado pela diretora-geral do DER, Natércia Shirlei Nunes. Participando do debate como representante do Governo do Estado do RN, falou sobre o planejamento de 2023 dividido em três fases, tendo iniciado os trabalhos com manutenção e conservação no valor de R$ 64 milhões. “Desse montante, é destinado para Pau dos Ferros, um total de R$ 8,5 milhões. Os serviços de aspecto contínuo possuem contrato é até março de 2024”, explicou.

A segunda fase do planejamento tem como foco a restauração de trechos críticos, “iniciado em 2022, com investimentos previstos de R$ 180 milhões. Sendo parte para 2023 e outra parte para 2024, com previsão de início das obras em agosto”, disse.

Por fim, citou a última fase, com revisão de investimento em novas rodovias, contemplando ainda o aumento da capacidade, e 23 projetos executivos elaborados para as rodovias, tanto de recuperação quanto implantação, aguardando recursos.

Participaram da audiência pública, representantes dos municípios de Tenente Ananias, São Tomé, Viçosa, Marcelino Vieira, Venha Ver, Riacho de Santana, Francisco Dantas, Encanto, Severiano Melo, Riacho da Cruz, Taboleiro Grande, José da Penha, Portalegre, São Franciso do Oeste, Pilões, São Miguel, Alexandria e Patu. E também representantes do DNIT, CREA e Loja Maçônica.

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