Relatora no TSE questionou Toffoli por ‘rejulgar’ caso que, segundo Cabral, envolveu pagamento

Toffoli diz que atos antidemocráticos e fake news tiveram financiamento  internacional - Jornal O Globo

Em junho de 2015, quando Dias Toffoli mudou seu voto no TSE para reverter a cassação do mandato de Antônio Francisco Neto, prefeito de Volta Redonda, a relatora do caso, Maria Thereza de Assis Moura, estranhou a decisão.

Disse que, ao absolver o político no julgamento de um recurso, nós, a meu ver, estamos rejulgando o caso, mas é uma decisão do pleno que eu aceito.

Segundo Sérgio Cabral, Dias Toffoli teria recebido R$ 3 milhões para mudar sua posição. Em abril daquele ano, ele havia votado pela perda do mandato, numa ação por propaganda irregular na campanha eleitoral de 2012.

Como revelou ontem a Crusoé, o ex-governador disse, em delação premiada, que foi procurado pelo prefeito para que ele atuasse em seu favor no julgamento do recurso. O pagamento, segundo Cabral, foi operacionalizado pela estrutura de recursos ilícitos de Luiz Fernando Pezão.

Na sessão do TSE, após o comentário de Maria Thereza, Toffoli respondeu, sorrindo: “Por enquanto é o meu voto”.

Em nota divulgada ontem pela assessoria do STF, ele disse que “jamais recebeu os supostos valores ilegais” e refutou “a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções”.

O relato de Cabral levou a Polícia Federal a pedir ao Supremo para investigá-lo.

Com informações o Antagonista

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