Rogério Marinho tem apoio irrestrito de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começou o governo com um time de alguns superministros. Um deles, Sergio Moro, carregava a bandeira do combate à corrupção e virou inimigo ao pedir demissão.

Outro, Paulo Guedes, chamado de posto Ipiranga, tinha carta branca para conduzir a política econômica do governo. Agora, amargando derrotas e constrangimentos, Guedes acompanha os altos e baixos do presidente. Ora recebe afagos. Em outros momentos vê agrados de Bolsonaro aos seus antagonistas.

Saiu da equipe de Guedes justamente o ministro que tem atraído a atenção e ganhado protagonismo ao lado do presidente: Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

De fala mansa e apontado por todos na Esplanada como bom articulador, Marinho teve o apoio do ministro quando esteve à frente da Secretaria da Previdência. Com a aprovação da matéria, cacifou-se para ganhar novo status de conselheiro do presidente.

Auxiliares dizem que os dois tinham um excelente relacionamento enquanto Marinho era subordinado de Guedes. Mas a relação teria azedado após o ex-secretário virar ministro e acabar “traindo” a agenda reformista. O sentimento de Guedes pelo colega de Esplanada hoje é de “mágoa”.

É ano de “gastar”

Ao defender a retomada de obras paradas, Marinho tem dito que sua pasta não está propondo gastar mais recursos da União e sim que são necessários recursos para concluir as obras, “mas nada que extrapole a legislação ou ultrapasse teto de gastos”.

Ele tem batido na tecla de que 2020 é um ano de excepcionalidades fiscais por conta da pandemia do coronavírus. O discurso agrada o presidente.

Acenando pela paz

Porém, a tentativa de Marinho agora, além de manter a confiança e o espaço com o presidente, é arrefecer a crise explicitada pelo antagonismo com Guedes.

No último dia 16, para tentar minimizar o desgaste com o ministro da Economia, Marinho usou as redes sociais para afirmar que estavam criando narrativas para desestabilizar o governo.

Quem é contra o governo do presidente Jair Bolsonaro fica criando narrativas para gerar instabilidade. Reclamam quando há olhar para o Nordeste, reclamam quando não há. Preferimos responder com trabalho, disse Rogério.

UOL

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