Basta dar uma rápida volta por Assú, que podemos perceber que a saúde do município está longe de ser a “maravilha” que aparece nas redes sociais da vice-prefeita Isabela Morais.
Cirurgias canceladas por falta de insumos (incluindo lap cirúrgico!), falta de medicamentos em que familiares de internados é que tem que bancar, falta de profissionais e equipamentos sem funcionar, essa é a realidade do Hospital regional de Assú.
Como se não bastasse, no dia 07 de março foi apreendido um carro da Secretaria Municipal de Saúde, com drogas e armas, e a vice prefeita nunca se manifestou para prestar esclarecimentos para a população como a gestão que ela faz parte se envolveu nesse triste episódio.
E na ultima semana, um cidadão fez um vídeo com uma fila interminável para marcação de consultas na cidade de Assú… mas, curiosamente, a sensação que se tenta vender na internet é de que tudo caminha às mil maravilhas.
Talvez Isabela não viva em Assú ou prefira morar em uma bolha, ignorando os problemas crônicos que afetam o sistema de saúde local. Enquanto isso, a governadora Fátima — sua aliada política — enfrenta índices altíssimos de rejeição (mais de 60%, segundo pesquisas), e o Rio Grande do Norte parece estar claramente com a saúde na UTI.
A contradição é gritante: enquanto a população sofre para agendar procedimentos, aguarda meses (ou até mais de um ano) por cirurgias e enfrenta a falta de insumos, a vice-prefeita insiste em uma narrativa “otimista” nas redes sociais. Será que é só para tentar enganar quem não acompanha de perto a realidade? Ou, quem sabe, para manter uma boa imagem, caso surja a oportunidade de um voo político mais alto — uma candidatura a deputada, por exemplo?
Mas uma coisa é certa, se Isabela não consegue ajudar na resolução de problemas na saúde do município que ela administra com Lula, como vai resolver algo na saúde estadual que está pior que a local?
No final das contas, quem paga o preço é o cidadão, aquele que chega de madrugada na esperança de conseguir uma ficha para consulta, que volta para casa sem os remédios necessários e que vê suas cirurgias serem desmarcadas por falta de material básico.
Fica a pergunta: essa “realidade paralela” divulgada nas redes sociais de Isabela vai até quando?