Às vésperas de ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico, o senador Jorge Seif (PL-SC) foi flagrado participando de um convescote em homenagem à ex-ministra do TSE Maria Claudia Bucchianeri.
O evento ocorreu na noite desta quarta-feira, 22, no restaurante Lake’s, no Lago Norte, em Brasília – região da alta sociedade local. Participaram do evento personagens como o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o ministro do Supremo Dias Toffoli, as ministras do Tribunal Superior Eleitoral Maria Isabel Galotti, Edilene Lôbo e Vera Lúcia; o presidente da Câmara, Arthur Lira; além de deputados como Soraia Santos e ex-deputados federais como Mario Rosa e Margareth Coelho.
Outros nomes presentes no convescote eram a ex-presidente presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros Renata Gil e advogada da União e conselheira do CNJ Daiane Nogueira
Segundo fontes ligadas à O Antagonista, esse tipo de evento é normalmente destinado a apenas à magistratura e a presença de políticos é pouco usual. Aproximadamente 60 pessoas estavam no convescote, conforme apurou este site.
A participação de Jorge Seif é justificada pelo fato de que hoje Maria Claudia é sua advogada de defesa na ação que tramita contra ele no TSE. Apesar disso, assessores do TSE chamaram a atenção ao fato de que, até o mês passado, o parlamentar era refratário a esse tipo de evento que tem um caráter meramente de aproximação política.
Seif foi inocentado da acusação de abuso de poder político por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), mas a coligação formada por Patriota, PSD e União Brasil recorreram ao TSE.
O parlamentar é acusado de ter sido beneficiado pela cessão de um helicóptero pelo empresário Osni Cipriani, da construção civil e pelo uso da estrutura material e pessoal da Havan, inclusive aviões, canais oficiais da empresa e sala de gravação de lives.
Com a decisão do TSE de inocentar Moro, há a expectativa de que Jorge Seif tenha destino semelhante. O caso deveria ter sido julgado no início de abril, mas o relator do processo, o ministro Floriano de Azevedo Marques, pediu mais prazo e novas diligências no processo envolvendo o parlamentar catarinense.
