A semana recomeça com o impasse sobre o comando do PSDB longe de terminar e com o racha interno se agravando. O presidente interino, Tasso Jereissatti (CE), e seu grupo anti-governo, pressionam pela renúncia do senador Aécio Neves (MG) da presidência antes da convenção nacional marcada para 09 de dezembro.
Já os governistas resistem e articulam para, em caso de resolver sair antes desta data, Aécio indique outro vice-presidente da legenda para ficar como interino, no lugar de Tasso, até dezembro. Esse movimento inclui o lançamento da candidatura do governador de Goiás, Marconi Perillo, a sucessão de Aécio em dezembro, contra uma possível reeleição de Tasso.
O certo é que a relação de Tasso e Aécio, uma amizade de 30 anos, é hoje marcada por mágoas e rancores, e dificilmente será recomposta. As informações são de O Globo.
— Tasso está muito triste e magoado com os ataques pesados de deputados aliados de Aécio a ele. Diz que não entende a reação de Aécio depois do que fez para salvar o seu mandato. O cristal foi trincado e essa relação antiga se quebrou —disse hoje um dos interlocutores de Tasso, que está recolhido e não quer comentar o assunto.
Aécio, por seu lado, também não perdoa o presidente interino por dizer , horas depois de votar pela retomada do seu mandato, que ele não tinha mais condições de presidir o PSDB, mesmo que licenciado.
Na reunião da última quinta-feira , no gabinete de Tasso, Aécio pediu tempo para decidir sobre a renúncia. Tasso disse que ele deveria dar uma solução definitiva até a próxima semana. Mas a expectativa é que isso só aconteça depois de quarta-feira, quando está marcada a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara.