Sem reforma, próximos governos não vão aguentar, diz Temer

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O presidente Michel Temer (MDB) acredita que as reformas feitas pelo seu governo “já causaram efeito” e “deram resultados”. Para ele, “é preciso o fechamento da reforma da Previdência”. Ele deu uma entrevista à rádio Jornal, de Pernambuco, nesta sexta-feira. “Os próximos governos não vão aguentar [se não houver reforma]”, sustentou. “Estamos pensando em quem vai se aposentar, no servidor público, para não acontecer o que aconteceu em muitos Estados brasileiros”, disse.

Temer também respondeu perguntas sobre a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o ministério do Trabalho. “Sou muito obediente às decisões judiciais, mas também sou das competências conferidas pela Constituição à Presidência da República”, afirmou.

“A Constituição confere ao presidente a competência privativa de nomear ministros”, acrescentou, se dizendo confiante na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do Valor Econômico.

Temer defendeu a sua equipe, dizendo que o ministério escolhido por ele “deu o melhor resultado”.

O presidente concedeu a entrevista por telefone, de São Paulo, antes de viajar para Cabrobró (PE), onde inaugura parte da transposição do rio São Francisco. O entrevistador questionou-o sobre a demora para terminar a obra, que iniciou na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não está faltando dinheiro, logo logo entregamos o trecho norte”, respondeu Temer.

Participarão da cerimônia o presidente do MDB local, Raul Henry, e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). De acordo com o entrevistador, os dois políticos estão brigados. Diante disso, ele perguntou a Temer quem ele seguraria em caso de briga. Temer respondeu que fará “adversários políticos se olharem” e buscará o consenso.

O entrevistador questionou ainda o presidente sobre a sua rotina e sua saúde – Temer passou por três cirurgias no fim de 2017, sendo uma no coração e duas na bexiga e uretra. “Trabalho umas 17, 18 horas por dia e isso me faz bem. Nos dias em que trabalho cinco, seis horas, começa a me dar uma dor de cabeça”, respondeu. Ele disse que desobedece aos médicos apenas quando eles pedem que ele repouse. “Cuidar do país faz bem a saúde”, sustentou.

Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo” nesta sexta-feira, Temer (MDB) afirmou que cogita colocar em pauta na Câmara dos Deputados a reforma da Previdência no dia 19 de fevereiro mesmo sem a certeza do número mínimo de votos para aprovação da proposta (308 votos). “Nós temos duas, três semanas para fazer a avaliação se temos votos ou não e depois decidimos se vamos votar de qualquer maneira ou não”, disse.

De acordo com Temer, essa avaliação será feita por ele em conjunto com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM).

O presidente falou ainda sobre o seu périplo por programas de TV e rádio para tentar convencer a população da necessidade da reforma. “Eu já fiz a minha parte nas reformas e na Previdência. Agora é preciso convencer o povo, porque o Congresso ecoa a vontade popular.”

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