Elas não são reconhecidas formalmente pela legislação eleitoral, mas estão cada vez mais comuns. As campanhas para “mandatos coletivos” reúnem grupos – na maior parte das vezes, de jovens – em busca de representatividade na política. É uma tendência observada por especialistas, mas ainda não existem estatísticas oficiais sobre o tema, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mais que aglutinar pessoas, esse tipo de campanha é caracterizada por defender pautas de interesse das comunidades em que os candidatos vivem ou exercem alguma liderança na sociedade civil.
Na disputa, o que acontece é que grupos anunciam concorrer coletivamente a um mesmo cargo público, mas, na verdade, registram a candidatura no nome de apenas um dos integrantes.
“Será o nome dessa pessoa que constará na urna eletrônica, é no nome dela que os votos serão computados e, se for eleita, somente ela poderá ser diplomada e, consequentemente, tomar posse”, explica o TSE.
Pelos partidos
O movimento começou em 2016, e vem ganhando fôlego. O Metrópoles mapeou candidaturas do tipo em oito partidos, como PSol, PSB, PT, PC do B, PDT, Rede, MDB e DEM.
Cidades como São Paulo, Recife e Florianópolis têm grupos unidos disputando cargo de vereador. Pernambuco e São Paulo foram as primeiras unidades da Federação a eleger mandatos coletivos, em 2018.
A candidatura coletiva das Juntas (PSol), formada por cinco mulheres, recebeu quase 40 mil votos e foi eleita para a Assembleia estadual. No mesmo ano, a Bancada Ativista foi eleita em São Paulo. O grupo reúne nove pessoas e recebeu 149 mil votos.
Metrópoles