Sem regras, “candidaturas coletivas” avançam e chegam a 8 partidos em 2020

Elas não são reconhecidas formalmente pela legislação eleitoral, mas estão cada vez mais comuns. As campanhas para “mandatos coletivos” reúnem grupos – na maior parte das vezes, de jovens – em busca de representatividade na política. É uma tendência observada por especialistas, mas ainda não existem estatísticas oficiais sobre o tema, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mais que aglutinar pessoas, esse tipo de campanha é caracterizada por defender pautas de interesse das comunidades em que os candidatos vivem ou exercem alguma liderança na sociedade civil.

Na disputa, o que acontece é que grupos anunciam concorrer coletivamente a um mesmo cargo público, mas, na verdade, registram a candidatura no nome de apenas um dos integrantes.

“Será o nome dessa pessoa que constará na urna eletrônica, é no nome dela que os votos serão computados e, se for eleita, somente ela poderá ser diplomada e, consequentemente, tomar posse”, explica o TSE.

Pelos partidos

O movimento começou em 2016, e vem ganhando fôlego. O Metrópoles mapeou candidaturas do tipo em oito partidos, como PSol, PSB, PT, PC do B, PDT, Rede, MDB e DEM.

Cidades como São Paulo, Recife e Florianópolis têm grupos unidos disputando cargo de vereador. Pernambuco e São Paulo foram as primeiras unidades da Federação a eleger mandatos coletivos, em 2018.

A candidatura coletiva das Juntas (PSol), formada por cinco mulheres, recebeu quase 40 mil votos e foi eleita para a Assembleia estadual. No mesmo ano, a Bancada Ativista foi eleita em São Paulo. O grupo reúne nove pessoas e recebeu 149 mil votos.

Metrópoles

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