Sindicato dos professores aciona Justiça para barrar ação civil que pede retorno das aulas presenciais no RN

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte) vai acionar a Justiça para barrar a ação em que o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) pede a retomada das aulas presenciais na rede pública e rede privada.

O Sindicato, por meio de sua assessoria jurídica, vai apontar que, caso a indicação do MP seja aceita, há um risco muito maior de acontecerem mortes de profissionais e alunos porque os índices de transmissibilidade estão em alta no RN e Brasil. A prova disso é que nessa segunda-feira 5 o Estado bateu a marca de 97,1% de ocupação dos seus leitos críticos e já somava mais de 4.600 vidas perdidas, entre elas a do coordenador geral do SINTE/RN, o professor José Teixeira, que não resistiu ao vírus.

Além disso, pretende demonstrar que as escolas públicas não atendem aos protocolos de biossegurança indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) porque não foram devidamente preparadas pelas secretarias.

Embora a ação do MP permita escolher entre ensino presencial e híbrido, a entidade defende a necessidade de manter as aulas unicamente na modalidade remota. A ideia é manter a categoria, estudantes e seus familiares em isolamento, evitando um maior número de circulação de pessoas nas ruas, ajudando a diminuir a transmissão do vírus.

A posição do Sindicato é a mesma dos trabalhadores em educação, externada em várias assembleias virtuais. Na última, realizada em 31 de março, a categoria se manteve firme, cobrando vacinação imediata para todos, sobretudo para os profissionais da educação. Ainda avisou que só retomará o trabalho presencial com segurança. Na prática, significa que somente após a vacina e a diminuição dos níveis de contágio da doença.

“Agora, o SINTE espera que a Justiça se posicione em defesa da vida e não permita aulas presenciais no pior momento da pandemia. Além disso, cobra do MP uma postura coerente. Isto porque os profissionais do Ministério estão trabalhando remotamente, em casa, enquanto tentam possibilitar a reabertura das unidades de ensino”, defendeu o sindicato.

*Agora RN

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