Sindicatos devem arcar com prejuízo, diz Doria

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Durante greve na última sexta-feira, atos de vandalismo ocorreram em São Paulo; sindicatos não concordam com decisão de cobrar prejuízo

Matheus Mans e Luciana Dyniewick , O Estado de S.Paulo

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou ontem que os sindicatos que participaram da organização da greve geral na cidade, na última sexta-feira, terão de pagar pelos prejuízos causados no mobiliário urbano. “Vamos cobrar todos os sindicatos”, disse o prefeito durante evento do programa Cidade Linda. “Eles irão dividir a conta do prejuízo que deram à cidade.”

Ao Estado, a assessoria da Prefeitura de São Paulo afirmou que informações sobre o tamanho dos danos estão sendo levantadas e que apura ainda quais são os movimentos envolvidos na quebra de semáforos, pontos de ônibus e outros objetos em vias públicas da cidade para que seja feita a cobrança. “Os subprefeitos da cidade já estão avisados que precisam calcular os prejuízos em seus bairros”, afirmou o político.

Sem ligação. Em resposta ao prefeito, o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Júlio Turra, afirmou que não existe ligação entre a greve organizada pelas centrais sindicais na última sexta-feira e os atos de vandalismo registrados ao longo do dia na cidade.

“Nós não podemos ser responsabilizados pelo ato de meia dúzia de jovens que decidem sair de casa para quebrar tudo”, disse o sindicalista, ao Estado. “A CUT não tem como lutar contra os black blocs. Nós não temos nenhuma relação com eles.”

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que repudia qualquer tipo de vandalismo nas cidades e que os sindicatos mobilizados para greve geral não têm nenhuma ligação com esses casos de depredação. “Praticar atos de vandalismo durante a greve geral é um erro, já que algumas pessoas acabam associando com a nossa paralisação”, diz Juruna.

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