Supermercado Extra vende carnes, frios e embutidos vencidos, diz ex-funcionário

De acordo com relato de um ex-funcionário do Extra, a unidade Cambuci, localizada na capital de São Paulo, troca a embalagem de carnes, frios e embutidos vencidos e coloca os produtos à venda novamente.

A denúncia foi feita ao ao G1 e confirmada pelo Metrópoles pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). De acordo com o órgão, as irregularidades foram constatadas em 17/8.

Nessa data, a ouvidoria municipal recebeu uma denúncia, o que resultou em uma inspeção. Após a prática irregular ser identificada, foi registrado um auto de infração e o supermercado foi parcialmente interditado.

Um processo administrativo sanitário para acompanhamento também foi aberto, e o Extra Cambuci é acompanhado pela Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) Sé desde então.

No entanto, em 27/9, uma nova vistoria constatou que as irregularidades haviam sido corrigidas, e o local foi desinterditado. Porém, o estabelecimento segue em monitoramento pela equipe de vigilância local. Outras inspeções foram realizadas em 15/10 e nessa terça-feira 7.

Denúncia

O fatiador de frios Wellington Pereira da Silva, 34 anos, no entanto, diz que a prática segue em andamento. Ele afirmou que foi demitido em outubro, pois não concordava com o ato ilegal de vender carnes vencidas.

Outros profissionais do supermercado, que não quiseram se identificar, também disseram à reportagem que a atividade irregular segue em andamento.

Wellington relatou que fez uma denúncia para a Vigilância Sanitária. Mas que, segundo ele, quando o órgão esteve no Extra Cambuci para fiscalização, a supervisora levou para o lixo produtos vencidos enquanto agentes conversavam com a gerente e a chefe de recursos humanos.

Após a saída dos agentes, os alimentos vencidos foram retirados do lixo e voltaram para as prateleiras, de acordo com o fatiador de frios.

Investigação

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou ao Metrópoles que policiais civis da 2ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Infrações Contra Saúde Pública fizeram diligências no local e não encontraram, a princípio, irregularidades.

O Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) instaurou ainda inquérito policial para investigar a denúncia.

A reportagem do Metrópoles entrou em contato com a rede Extra, mas não recebeu resposta até o momento.

Fonte: Metrópoles

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