Temer diz que faltam 40 votos para aprovar a Previdência

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O presidente Michel Temer (MDB) negou nesta sexta-feira (2) que tenha “jogado a toalha” em relação à possibilidade de votar a reforma da Previdência em fevereiro. Em entrevista à RedeTV!, o emedebista disse que o governo tem avançado na busca por votos a favor da mudança no sistema de aposentadoria.

“Nem peguei a toalha, imagina jogá-la”, afirmou ao ser questionado sobre declarações recentes de aliados que manifestam pessimismo com a perspectiva de aprovar o projeto neste mês. Temer ressaltou que o governo contabiliza até o momento cerca de 270 votos e que faltam 40 para garantir sua aprovação.

Temer ainda elogiou o empenho dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (MDB-CE), respectivamente, em buscar votos pela aprovação da projeto.

O presidente também voltou a defender a reforma ao afirmar que ela faz com que trabalhadores dos setores privado e público ganhem a mesma coisa ao se aposentarem. Além disso, observou que o déficit da Previdência pode chegar a R$ 320 bilhões neste ano, se nada for feito. As informações são do Valor Econômico

Também negou que a reforma tenha um impacto maior sobre os pobres. “Zero de punição aos mais pobres”, disse o emedebista ao lembrar que os trabalhadores rurais não serão atingidos pelas mudanças e que a proposta reduz o tempo da contribuição mínima para 15 anos.

Reeleição 

Temer afirmou que vai decidir em junho sobre a possibilidade de concorrer à reeleição ou apoiar um outro candidato. “Vamos examinar (candidatura) no mês de junho. Meu papel é fazer o melhor governo agora”, disse.

Em relação aos pré-candidatos considerados, hoje, mais próximos do governo federal, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Temer disse que eles “não se apresentaram ainda como candidatos” e que por isso ainda não aparecem mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos.

Mesmo assim, minimizou o resultado do levantamento do Datafolha, divulgado nesta semana, no qual Maia e Meirelles aparecem com 1% cada. “A pesquisa de hoje não vale absolutamente nada para o dia da eleição. A pesquisa que vai valer é a da véspera [da eleição]”, concluiu.

Questionado sobre o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o presidenciável tucano mais cotado no momento, ressaltou apenas que “é um bom candidato”. Em sua opinião, o eleitor vai escolher alguém com moderação é que tenha a preocupação de colocar o Brasil nos trilhos. “Os brasileiros não gostam de radicalismos”, frisou.

O presidente indicou que, caso não seja ele próprio o candidato, pretende apoiar um postulante que defenda o legado do governo. “Vou ficar de olho nisso”, afirmou na entrevista de mais de 30 minutos. “Terá que haver um candidato que defenda as reformas”, acrescentou.

Quanto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Temer não mencionou sua condenação em segunda instância, mas disse que o petista “é um líder popular” e que, se for candidato, “vai ter os votos dele”.

Redução de impostos

Durante a entrevista, o presidente reiterou que sua administração trabalha com a hipótese de elaborar um projeto de simplificação tributária. “Quero fazer ainda no meu governo”, disse o emedebista.

Temer, no entanto, afirmou que uma eventual simplificação tributária depende do avanço da reforma da Previdência no Congresso Nacional, onde o governo ainda contabiliza os votos para garantir a aprovação do texto em fevereiro. São necessários 308 votos.

“Não vou reduzir a carga tributária como um gesto populista, mas com responsabilidade”, disse Temer, defendendo as propostas aprovadas em seu governo, como o teto dos gastos públicos e a reforma do ensino médio.

Denúncias

Ao comentar as denúncias de que foi alvo em 2017, Temer negou que elas tenham prejudicado os rumos do governo. Segundo ele, quem o acusou, está na cadeia. “Quem não está na cadeia, está desmoralizado. Meus detratores foram desmascarados”, disse ao ressaltar que sua idoneidade foi “enlameada” com o episódio.

Sobre a Operação Lava-Jato, afirmou que nem ajuda, nem atrapalha e que ela mostra como as instituições funcionam com regularidade.

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