UFRN Professores alertam sociedade para importância da pesquisa científica


“Ciência não é gasto, é investimento”. A faixa em destaque na Praça Cívica do Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sinaliza a principal mensagem passada pelos expositores na conferência realizada na última quarta-feira, 25, dentro da programação nacional do Dia C da Ciência e durante a XXIII Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (Cientec) da UFRN.

Professores, estudantes, representantes sindicais e a comunidade geral estiveram presentes para ouvir as abordagens do tema “A conscientização e o apoio da sociedade são decisivos para a sobrevivência do ensino superior gratuito e de qualidade, e manutenção de um sistema nacional de pesquisa e inovação”.

As exposições foram realizadas pelos professores da UFRN Maria do Livramento Miranda Clementino, João Emanuel Evangelista e Jorge Tarcísio da Rocha Falcão, os quais detalharam o cenário de expansão das instituições federais de ensino superior (IFES) brasileiras e as consequências da atual realidade, marcada por cortes de recursos em educação, ciência e tecnologia.

João Emanuel apresentou esse fato em números, a exemplo do comparativo entre as verbas para as IFES em 2017 e a previsão para 2018 no Plano de Lei Orçamentária Anual, que prevê crescimento real de 1% nos valores. A diferença fica negativa em 21% ao comparar com o orçamento corrigido da PLOA de 2014.

“Reduzir recursos nessas áreas significa impactar toda a cadeia produtiva local e nacional, com aumento do desemprego e precarização do trabalho. O investimento é estratégico para o desenvolvimento do país”, ressaltou João Emanuel, que enfatizou a importância das instituições públicas de ensino superior no Rio Grande do Norte. Maria do Livramento, por sua vez, observou a capacidade que as IES têm de ir além do seu próprio tempo ao antever problemas e prospectar soluções para o futuro.

Do mesmo modo, Jorge Falcão alertou para a necessidade do fomento às pesquisas, cujos produtos são essenciais para a melhoria da qualidade de vida. Nesse sentido, o professor expôs pontos preocupantes sobre os fundos de incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico, em que os recursos têm sido utilizados para outros fins, como despesas primárias e amortização da dívida pública. Diante das explanações, a reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, citou que o diálogo com a sociedade é essencial para mostrar a importância das pesquisas e como elas influenciam no cotidiano de todo cidadão.

“O que é feito nas universidades impacta quando precisamos das tecnologias existentes em um hospital, por exemplo. A sociedade e a UFRN precisam defender o investimento digno em pesquisa para o desenvolvimento sustentável”, destacou a reitora.

Marina Gadelha – ASCOM – Reitoria/UFRN – Fotos: Anastácia Vaz

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