Vaccarezza pede a Moro que reconsidere fiança de R$ 1,5 milhão

O ex-deputado Cândido Vaccarezza pediu ao juiz Sergio Moro que reconsidere o valor da fiança estabelecido para que permaneça em liberdade e o desbloqueio dos valores apreendidos em suas contas. Preso temporariamente na 44ª Fase da Lava-Jato, o ex-deputado foi liberado mediante pagamento de R$ 1,522 milhão a título de fiança.

A fiança deveria ser paga nesta sexta-feira, mas os advogados pedem a prorrogação de prazo para pagamento. Em petição apresentada à Justiça, a defesa pede que a fiança seja reduzida para R$ 400 mil ou R$ 886,4 mil e, ainda, a substituição do dinheiro por um imóvel de três quartos, cujo valor de mercado alcança a quantia inicialmente estabelecida pelo juiz. Solicita ainda ainda a liberação total ou parcial – de R$ 50 mil – dos valores bloqueados pela Justiça.

Vaccarezza teve R$ 9,8 bloqueados em conta corrente e a Polícia Federal apreendeu R$ 120 mil em dinheiro em sua residência. As informações são de CLEIDE CARVALHO, O Globo.

Para os advogados do ex-deputado, não há provas suficientes de que ele de fato tenha atuado a favor de negócios relacionados ao lobista Jorge Luz, de quem é amigo pessoal, ou que tenha pedido, em março de 2010, R$ 100 milhões para sua campanha. O valor arrecadado pela campanha a deputado federal em 2010, declarado à Justiça Eleitoral, foi de R$ 4,74 milhões. Em 2014, o gasto foi de R$ 2,67 milhões e ele não se reelegeu.

A defesa de Vaccarezza diz que a planilha de controle de propina apresentada pela Polícia Federal é um documento que circulou pela Câmara dos Deputados durante os trabalhos da denominada CPI do Cachoeira, na Operação Montes Claros.

Afirma ainda que, na posição de líder de governo exercida por Vaccareza durante três mandatos presidenciais, era natural o acesso de Vaccarezza às diretorias das estatais, incluíndo o BNDES, e que uma simples troca de mensagens entre o então deputado e o presidente do banco, Luciano Coutinho, é apontada pela polícia como indício de prática irregular.

Vaccarezza é acusado de receber US$ 478,6 mil em vantagens indevidas, vinculados a um contrato de fornecimento de asfalto à Petrobras pela empresa americana Sargeant Marine.

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