Vida das mulheres é moeda de troca no Congresso, diz médico sobre aborto

O médico Jefferson Drezett, do hospital Pérola Byington; ginecologista coordena atendimento no SUS

Por 40 dias, o ginecologista Jefferson Drezzet acompanhou à distância uma vigília contra o aborto em frente ao hospital Pérola Byington, em São Paulo, onde trabalha. No mesmo período, fez 40 interrupções legais de gravidez.

“Não foi de propósito. Mas não reagimos a nenhum tipo de pressão”, diz o médico, que há 26 anos coordena o principal serviço de atendimento, no SUS, a mulheres vítimas de estupro que buscam aborto permitido por lei.

Se os protestos fora do hospital não assustam, o mesmo não vale para projetos que avançam no Congresso e que visam endurecer as regras contra o procedimento.

É o caso, por exemplo, da PEC 181, aprovada em comissão especial na Câmara.

Para ele, a iniciativa, que altera a Constituição para determinar que a vida “começa na concepção”, pode colocar o Brasil na lista de países mais conservadores do mundo e aumentar o aborto clandestino. “É um projeto que prefere a mulher morta a realizar o aborto legal.” As informações são da Folha de São Paulo.

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