Xico Sá rebate afirmação de Zezé sobre ditadura no Brasil

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Em reação à afirmação do cantor sertanejo Zezé di Camargo que o Brasil não passou por um período ditatorial e, sim, pelo que classificou como militarismo, o jornalista Xico Sá, colunista do El País, rebateu: “Se o pau-de-arara fosse no seu cu, Zezé, talvez você tivesse outra opinião”.

Em sua conta no Twitter, o jornalista ainda criticou o termo “Ditabranda”, que relativiza a violência adotada no Brasil no período ditatorial vivido entre 1964 e 1985. “Depois que a Folha (de São Paulo) cunhou aquele erro histórico chamado Ditabranda, virou modinha achar que não houve ditadura no Brasil”, criticou Sá, ex-colunista da Folha.

Além de Xico Sá, outros jornalistas também criticaram a afirmação do sertanejo. Também no Twitter o jornalista Antero Greco ironizou o comentário de Zezé. “Terra é plana, o nazismo era esquerda, saci existe, o homem não foi pra Lua, manga com leite mata e não teve ditadura no Brasil entre 64 e 85”. As informações são da Agência Estado.

ENTENDA Em entrevista à jornalista Leda Nagle publicada em seu canal do YouTube na última segunda-feira (11), Zezé di Camargo falou sobre sua carreira, vida pessoal e sobre política. O cantor chegou a falar que não houve ditadura no Brasil, o que gerou repercussão nas redes sociais.

Leda então questionou como o artista vê o atual momento político brasileiro. “Vou falar um absurdo para você, as pessoas vão me criticar, jornalistas vão falar de mim, achar que sou um maluco. O Brasil lutou muito pela democracia. Eu fico com pena de como nossos políticos usaram aquela liberdade que conquistamos ao sair do militarismo, e muita gente confunde militarismo com ditadura. Todo mundo falava que vivíamos em uma ditadura, mas nós não vivíamos em uma ditadura, vivíamos no militarismo vigiado. Ditadura é Venezuela, Cuba, Hungria, Coreia do Norte, China, até o Chile com Pinochet. O Brasil nunca chegou a ser uma ditadura”, falou Zezé.

Mas a jornalista rebate. “Nós tivemos muita gente presa, vários confrontos, tortura”, ao que Zezé responde: “Mas não chegou a ser tão violenta, tão sangrenta. Eu não quero jamais isso para o Brasil, mas eu acredito que, hoje, o Brasil precisa passar por uma depuração, até pensar no militarismo para reorganizar as coisas. Aí eles vão entregar de novo, ‘pronto, limpamos a corja aqui’. Acho que o Brasil precisava passar por uma depuração dessa”, disse.

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