
Apesar das animosidades recentes, a família Bush convidou o presidente dos EUA, Donald Trump, para o funeral do ex-presidente George H. W. Bush, que morreu na sexta-feira – madrugada de sábado no Brasil. “Ele (Trump) e a primeira-dama (Melania) irão ao funeral na Catedral Nacional, em Washington”, confirmou neste sábado, 1.º, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, em comunicado.
Sanders disse ainda que Trump, que participa da cúpula do G-20, em Buenos Aires, deve conversar no domingo com o ex-presidente George W. Bush, filho de George H. W. Bush, para prestar condolências em nome do país. Além disso, ela afirmou que o presidente deve designar a quarta-feira como dia de luto nacional em memória de Bush pai.
A família Bush sempre foi crítica ao presidente americano. Nas primárias republicanas, em 2016, Trump atacou duramente Jeb Bush, ex-governador da Flórida, que disputou a vaga de candidato dentro do Partido Republicano. “Ele tem pouca energia”, dizia Trump nos debates.
“Ele gosta de mexicanos porque sua mulher é imigrante mexicana ilegal”, tuitou Trump. “Eu gosto de Jeb. Mas acho que nos EUA ele deveria falar inglês, e não espanhol.” O então candidato também pegava no pé do irmão, George W. Bush, culpando o ex-presidente pelos atentados de 11 de setembro de 2001. “O World Trade Center caiu durante seu governo”, afirmou Trump durante um dos debates.
Rompimento
Os ataques foram tão pessoais que a família Bush nunca perdoou Trump. Após as primárias, Bush pai, filho e Jeb descartaram qualquer apoio ao republicano. Pouco antes das eleições, o patriarca declarou que votaria na democrata Hillary Clinton.
Após a morte de George Bush, no entanto, os dois lados demonstraram uma trégua. “Com sua autenticidade, o presidente Bush inspirou gerações de americanos”, disse Trump. No funeral, o presidente deve encontrar outros desafetos políticos, como Bill e Hillary Clinton, e Barack e Michelle Obama. / REUTERS