Funcionários do Metrô prometem atrapalhar vida em SP de novo

Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) se mobilizam para uma paralisação coletiva marcada para a próxima terça-feira (3).

O motivo do protesto é a oposição aos planos de privatização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

De acordo com os sindicalistas, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô serão afetadas pela paralisação. Já na rede ferroviária, o sindicato dos funcionários da CPTM prevê a paralisação de todas as linhas administradas pelo serviço público.

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrôs e as linhas da CPTM 8-Diamante e 9-Esmeralda continuarão operando normalmente na terça-feira, pois são administradas por empresas concessionárias.

O sindicato convocou 170 trabalhadores da CPTM que atuam nas bilheterias dessas duas linhas para aderirem à paralisação.

Os trabalhadores das três categorias promovem atualmente um “plebiscito independente” para colher a opinião dos usuários dos serviços sobre a privatização das empresas de transporte e saneamento — esse tipo de pesquisa não vale mais do que uma enquete de internet.

 

Os sindicatos afirmam que a concessão das linhas de transporte e da operação da rede de água e esgoto resultará em uma piora na qualidade dos serviços. Eles citam como exemplo o aumento significativo de falhas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Após essas falhas, a concessionária ViaMobilidade está sendo investigada pelo Ministério Público estadual, que solicita o fim do contrato com a empresa.

Os sindicalistas argumentam que a eleição de Tarcísio, no ano passado, não significa automaticamente uma aprovação das privatizações, e que a população deveria se manifestar especificamente sobre esses projetos. Segundo os sindicatos, o governo estadual não tem respondido às tentativas de diálogo por parte dos funcionários.

O governador encomendou estudos para privatizar todas as linhas restantes da CPTM e tem a intenção de fazer o mesmo com as linhas do Metrô administradas diretamente pela empresa pública. A gestão Tarcísio também está preparando um projeto de lei que autorizaria a transferência da Sabesp para a iniciativa privada.

Durante uma coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira (28), os líderes sindicais afirmaram que a única possibilidade de cancelamento da paralisação seria a revogação dos planos de privatização, o que consideram improvável.

As três categorias têm uma assembleia conjunta marcada para a noite de segunda-feira (2) para uma votação simbólica. Segundo os sindicatos, a greve será aprovada, pois já existe apoio suficiente entre os funcionários.

No caso da Sabesp, o sindicato esclareceu que não haverá interrupção no fornecimento de água e que emergências, como problemas de abastecimento em hospitais, serão atendidas normalmente.

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