O deputado federal, Nikolas Ferreira (PL), afirmou nesta segunda-feira, 5, que o esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), investigado pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), representa o “maior escândalo de corrupção da história do país”.
“O rombo no INSS que era 6, virou 90 bilhões. O Brasil inteiro saberá o que está acontecendo: o maior escândalo de corrupção da história do país”, escreveu no X.
De acordo com as autoridades, os valores apurados indicam descontos na ordem de R$ 6,3 bilhões em benefícios previdenciários entre 2019 e 2024.
Até o momento, os R$ 90 bilhões apontados por Nikolas ainda não foram confirmados oficialmente.
Oposição
Parlamentares do Novo protocolaram nesta segunda-feira, 5, um requerimento de convocação do novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, para que preste esclarecimentos sobre o suposto esquema.
O pedido foi apresentado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara e ainda precisa ser votado pelo colegiado.
“A magnitude do prejuízo [com o esquema], a fragilidade do público atingido e a recente vinculação do ministro com representantes de entidades sob investigação, bem como a eventual inércia ou omissão em adotar medidas efetivas após membros do Conselho Nacional de Previdência Social alertar sobre os problemas em 2023 e 2024, tornam esta convocação não apenas justificável, mas necessária”, dizem os deputados do Novo, no requerimento.
“Ainda que não haja, até o momento, indícios formais de envolvimento direto do ministro nos crimes investigados, a simples participação em encontros com suspeitos de fraude de tamanha magnitude impõe à autoridade pública o dever de prestar esclarecimentos formais ao Parlamento e à sociedade, independentemente da continuidade da investigação pela Polícia Federal e pelos órgãos de controle interno e externo”, pontuam.
O pedido de convocação é assinado pelos deputados Adriana Ventura (Novo-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS), Gilson Marques (Novo-SC), Luiz Lima (Novo-RJ) e Ricardo Salles (Novo-SP).
Wolney foi nomeado ministro da Previdência Social na última sexta-feira, 2, após Carlos Lupi pedir demissão do cargo. Até então, ele atuava como secretário-executivo da pasta.