Não é de hoje que a população de Assú enfrenta um colapso na saúde pública. Os relatos se acumulam nas redes sociais e, mais recentemente, vieram à tona em publicações que denunciam a falta de medicamentos nas farmácias públicas, o despreparo nas UBSs e o descaso nos atendimentos de urgência e emergência, além da falta do devido acompanhamento aos pacientes do CAPS.
A dor de muitas famílias é triste, preocupante, e não pode mais ser silenciada.
Comentários de moradores mostram que mães têm que comprar remédios caros para seus filhos porque a rede municipal não fornece nem os mais básicos. Outros desabafam sobre atendimentos negligentes, como o caso de uma mãe que quase perdeu o filho de dois anos por falta de cuidado adequado na UPA.
E quando alguém denuncia, surgem defensores do poder atacando quem ousa expor a verdade — em vez de se solidarizar com a dor, preferem blindar uma gestão que falha no mais essencial: cuidar de vidas.
A saúde pública em Assú não é só precária, é letal, porque quando um cidadão morre por falta de atendimento ou pela precariedade do serviço, isso não é acidente — é responsabilidade do poder público.
Quando uma criança com doença rara não tem seu remédio garantido, é omissão do gestor.
Quando o sistema de marcação de consultas e exames vira uma loteria, é desgoverno.
Quando alguém é atendido da UPA e morre porque não houve o tratamento adequado, é negligência também.
Pior ainda é ver que, enquanto famílias se afundam em dívidas para garantir a sobrevivência dos seus, o município investe pesado em festas e cantores caros para o São João. Não é sobre ser contra cultura ou lazer — é sobre prioridades. E saúde deveria vir sempre primeiro.
É preciso coragem para gritar quando muitos querem o silêncio. E quem tenta calar as denúncias com ataques e politicagem esquece que do outro lado há gente doente, mães aflitas, filhos enlutados e uma população que só quer dignidade.
E quando falta remédio ou atendimento? A quem recorrer?
A população não precisa se calar diante do descaso. Quem estiver enfrentando problemas como falta de medicamentos, exames, cirurgias ou atendimentos emergenciais pode procurar a Defensoria Pública, pois ela pode judicializar a situação para garantir que o município forneça o tratamento ou remédio.
OU ainda, pode denunciar ao Ministério Público, especialmente em casos de interesse coletivo, como o que está acontecendo nesse momento, são diversos relatos de famílias que estão sofrendo sem medicamentos e com atendimentos que negligenciam os reais problemas de saúde.
Negligência mata — e o silêncio da gestão municipal de Assú também. Que a dor das famílias não seja em vão, e que a cobrança por responsabilidade pública continue, por mais que tentem desviar o foco ou calar quem denuncia.